O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de aprovar  financiamento de longo prazo, no valor de R$ 3,58 bilhões, para a Concessionária das Rodovias Centrais do Brasil S.A. (Concebra), responsável pela BR- 060/BR-153/BR-262. Os trechos rodoviários a receberem obras abrangem o Distrito Federal e os Estados de Goiás e Minas Gerais e totalizam  1,176 mil Km de extensão. O projeto faz parte da primeira etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL), do Governo Federal, o terceiro empreendimento do PIL 1 com empréstimo de longo prazo aprovado pelo BNDES. Os dois anteriores -MGO (BR-050/GO/MG) e da MSVia (BR 163/MS)- foram aprovados no último trimestre de 2015.

Sob o modelo de financiamento de “project finance” (engenharia financeira suportada contratualmente pelo fluxo de caixa de um projeto), o financiamento à Concebra tem por finalidade a realização de investimentos de recuperação, modernização, conservação, monitoração,  ampliação de capacidade, manutenção do nível de serviços previstos nos contratos de concessão, além de investimentos sociais associados. As condições do financiamento refletem a carta divulgada pelo BNDES anteriormente ao Leilão, com taxa de juros de 2%, somada à TJLP, carência até o final do período de investimentos — previstos em cinco anos — e prazo de amortização de 20 anos. Os primeiros desembolsos do financiamento de longo prazo à Concebra serão destinados à quitação do empréstimo-ponte aprovado pelo BNDES à concessionária em meados de 2014.

O sistema rodoviário do projeto da Concebra abrange 46 municípios em Goiás e em Minas Gerais, além do Distrito Federal. Do total de 1.176,5 km de extensão, 630,2 Km estão localizados nas BR-060 e BR-153, desde o entroncamento com a BR-251, no DF, até a divisa de Minas Gerais e São Paulo. Os outros 546,3 km estão localizados na BR-262, do entroncamento com a BR-153 ao entroncamento com a BR-381, em Minas Gerais. O projeto prevê a duplicação de cerca de 640 km de rodovias, que são hoje trechos de pistas simples. O investimento orçado para essas duplicações é de cerca de R$ 3 bilhões.