Formada por modelos tracionados com motores na faixa de potência de 220 a 620cv, a nova geração Scania chegou ao Brasil para substituir a bem-sucedida série 4, equipada com as cabines P, G e R. Além da tecnologia, segurança, conforto e menor consumo, os novos caminhões da marca que começam a ser produzidos na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, trazem ao mercado brasileiro um novo conceito na relação entre o produto e o segmento de transporte. Isso porque, entre outras coisas, a partir de agora o caminhão passa a ser tratado pela companhia como parte de um processo que entrega ao cliente uma solução sob medida de transporte.
O vice-presidente de operações comerciais da Scania para a América Latina, Roberto Barral, alerta que a nova geração é o maior investimento da empresa no Brasil. De acordo com ele, serão 2,6 bilhões de reais até 2020 e reforça que o lançamento coloca a Scania um passo à frente no que se refere à rentabilidade dos negócios dos clientes da marca. O executivo acrescentou que só a nova motorização, equipada com a nova tecnologia de alta pressão garantem até 8% de redução de consumo em relação aos motores da linha que está sendo substituída. “Somando todas as vantagens, a economia total de combustível poderá ser de até 12%”, acrescentou, incluindo 2% de ganho com a aerodinâmica e mais 2% das inovações em decorrência da nova geração da caixa de câmbio Opticruise. Aliás todos os modelos utilizam a mesma caixa.
Cabe lembrar que a última vez que a Scania lançou uma série nova de caminhões, a P, G e R, foi em 1995. De lá para cá, a empresa procedeu apenas atualizações, em três ocasiões, 2004, 2008 e 2013. Agora tudo é novo, a começar pelas cabines, unidades disponibilizadas em 19 tipos e mais de 500 opções de configurações, para atender 380 aplicações de transporte. Ainda sobre as cabines, em seu desenvolvimento tiveram a aerodinâmica testada em túnel de vento para reduzir consumo de diesel. O destaque fica para a versão “S” com 2,07 metros de altura entre o piso totalmente plano e o teto.
A variedade de opções segue também em relação à motorização, com a oferta de cinco potências (220cv, 250cv e 280cv, dos motores de 7 litros), 280cv, 320cv 3 360cv, dos motores de 9 litros), 410cv, 450cv, 500cv e 540cv, dos motores de 13 litros) 620cv do motor V8 de 16 litros. A nova motorização, explicou, reduz consumo de diesel, de ruídos e emissões, tudo graças ao sistema de alta pressão de injeção de diesel com múltiplos pontos.
Outro ponto destacado pela Scania em relação à nova linha é o jeito diferente de ser comercializada pela rede. Os vendedores de terão um sistema singular, independente do perfil do transportador. A empresa concentrou sua experiência em caminhões, condições da indústria e necessidades reais dos transportadores para criar um sistema diferente de suporte de vendas.
Trata-se de uma ferramenta de vendas pela qual através das informações sobre o trabalho a ser desempenhado pelo caminhão, vai definir o que será preciso para se obter a máxima rentabilidade. Na lista entram de configurações entra, por exemplo, tipo de cabine, eixos, trações, potências, implemento, programa de manutenção e solução financeira. Em parceria com o cliente, a especificação proporcionará um nível de detalhamento que o veículo passará a ser apenas mais um item e será possível montar no mínimo 500 alternativas de tipos de caminhões”, explicou Barral.
“Deixamos de ter lista de preços para termos um portifólio de aplicações, com o objetivo de reduzir custos e aumentar a rentabilidade do transportador” disse Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania Brasil. O executivo acrescentou que hoje já existe maturidade para se discutir qual o produto certo para reduzir custos e melhorar a receita.
Junto com a nova geração a Scania passou a disponibilizar também o PMS Fleet Care, um serviço de gestão de frota coordenado pela rede de concessionários da marca. Fábio Souza, diretor de serviços da Scania no Brasil, afirmou que para garantir e mensurar a disponibilidade de uma frota é necessário o uso de ferramentas inteligentes e que o Fleet Care é o novo aliado do cliente. PMS significa Programa de Manutenção Scania.
Ele explica que o serviço conta com cinco pilares principais, sendo o primeiro deles, o Gestor de Frotas e cada cliente designado terá um para cuidar de seus veículos. Costa acrescenta que o segundo pilar é Planejamento de Serviços, cujo gestor de frota vai garantir que o cronograma de manutenção e a utilização dos veículos sejam adaptados para atender o frotista da melhor forma possível. “Ele vai saber tudo que a frota precisa, especialmente das manutenções preventivas e corretivas. Dessa forma, o transportador não vai precisar investir em alguém que faça o planejamento de consertos”, acrescentou.
Outro pilar do Fleet Care são os caminhões conectados (hoje no Brasil serão 15 mil no final do ano) e com Programa de Manutenção Scania. No caso dos PMS com Planos Flexíveis, a manutenção é feita de acordo com a operação de cada veículo. “Essa vantagem representa paradas otimizadas e serviço correto. O Plano Flexível reduz em até 16% o custo da manutenção e aumenta em 20% a disponibilidade do veículo”, disse Costa.
O quarto pilar é o motorista, porque o sistema de gestão detecta qual o jeito de dirigir que pode afetar esse ponto. Em conjunto com a concessionária, o gestor de frota consegue oferecer treinamento e acompanhamento adequado. Pelos estudos da Scania, o motorista bem treinado aumenta a disponibilidade do veículo e reduz em 10% o consumo de combustível.
Finalmente, o quinto pilar do Fleet Care é a conexão entre o transportador e todas as oficinas da rede no Brasil e também com eventuais estruturas Scania dentro de instalações dos transportadores (Serviços Dedicados). O objetivo é garantir desde o agendamento e planejamento dos recursos das oficinas para que o veículo fique parado o menor tempo possível. “Essa gestão compartilhada permite até 75% de redução de tempo de permanência de oficina”, finalizou Fábio Costa.