Angelo Morino, diretor geral da Unidade Mercado de Reposição da ArvinMeritor, avalia como o setor se comporta diante da crise e fala dos resultados de 2008. Segundo ele, as dificuldades enfrentadas pelo Brasil em razão da crise financeira global não comprometerão os resultados do mercado de reposição no fechamento do ano.

Ele disse que a crise atingirá a economia, mas com impacto diferente para cada setor de atividade. No caso do aftermarket o efeito, no seu entender, será bem menos significativo do que em muitos outros segmentos. O executivo acrescenta que a queda na venda de veículos historicamente é compensada por maiores investimentos em manutenção, levando à compra de autopeças e serviços de reparação. \”É o que está acontecendo novamente neste final de ano\”.

Morino contabiliza um crescimento de 85% no faturamento da empresa nos últimos dois anos – um resultado bem acima da média do setor. Para o próximo ano ele aposta em um avanço de 25% e justifica seu otimismo com a expectativa de maior uso de transportes urbanos, safra em evolução e efeito das campanhas de manutenção preventiva promovidas pelas entidades relacionadas ao mercado de reposição. \”A idade elevada da frota de caminhões e ônibus também obriga à manutenção. Além disso, os principais frotistas já aderiram à manutenção programada dos veículos novos\” – assegura Morino.

Atenta aos movimentos do mercado, a ArvinMeritor expandiu sua rede de distribuição de autopeças, já consolidada em todo País e nos países vizinhos, e dedicou atenção extra no suporte a distribuidores, aplicadores e clientes finais. \”Dobramos a atividade na área de treinamento e ficamos mais próximo de todos os parceiros de negócios, incluindo frotistas\”.

A empresa ampliou a oferta de componentes, acrescentando ao portifólio de produtos fabricados em Osasco, SP, com a marca Meritor, toda a gama de peças oferecidas no mundo pela ArvinMeritor na área de veículos comerciais. \”Avançamos na América do Sul também com as linhas complementares da Gabriel e Euclid\”. Ele cita até mesmo o aproveitamento de oportunidades trazidas pela globalização, como o suprimento de componentes de eixos fabricados no Brasil para atender a manutenção de ônibus chineses no Chile, equipados com eixos Meritor produzidos na Itália.