Análises feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) indicam que problemas na gestão têm atrapalhado a execução de obras rodoviárias de responsabilidade do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Segundo a avaliação, falhas no Dnit como falta de pessoal, planejamento e pesquisa fracos, fiscalização ineficiente e alta influência política na tomada de iniciativas afetam as obras. Atualmente, o departamento conta com 2.820 servidores efetivos para acompanhar 1.156 obras espalhadas pelo Brasil, no entanto a quantidade contratada não consegue checar corretamente todos os projetos. Como ficam sobrecarregados, em geral eles acabam acatando sem checar as alterações que as consultorias (responsáveis pelas propostas) ou as empreiteiras (que executam as obras) sugerem. Segundo um ex-empreiteiro que trabalhou durante 12 anos junto ao Dnit, a falta de profissionais no mercado em geral afeta também a qualidade do projeto. “Hoje, as empresas não dão conta de atender a tantos projetos e obras contratadas. Falta engenheiro fora e dentro do Dnit para dar qualidade aos projetos”, afirma.

Fonte: R7