Roberto Cortes, presidente e CEO da MAN Latin America – detentora da marca Volkswagen Caminhões e Ônibus -, disse recentemente que o mercado brasileiro tem espaço para a concorrência de novas empresas. A afirmação, feita ao jornal DCI, refere-se a entrada dos caminhões extrapesados da marca no mercado brasileiro, que deve acontecer ainda neste ano. “Sabemos que a marca MAN vai ingressar em um mercado difícil, mas temos algumas vantagens, como o fato dos modelos serem distribuídos por uma ampla rede de concessionários. Esta é uma vantagem que um outro player levaria décadas para conquistar”, orgulha-se. Neste cenário, enquanto a economia brasileira deverá crescer 4,5%, a empresa prevê um incremento de 10% nos negócios neste ano. Na opinião do executivo, dois pontos importantes para esta alta são as obras de infraestrutura e a renovação da frota. “Copa, Olimpíadas e a construção de usinas hidrelétricas, por exemplo, demandam caminhões. Temos uma estatística que diz que hoje, no Brasil, existem dez mil obras. Todos os programas do governo, entre eles o \’Minha Casa, Minha Vida\’ e o \’Pró-Caminhoneiro\’, também beneficiam o setor. Hoje a nossa frota tem 18 anos em média: é o dobro do que seria o ideal nos Estados Unidos e na Europa. Ela vem sendo renovada, por isso acreditamos que nos próximos anos iremos crescer acima do PIB”, argumenta. Cortes falou também da oferta pública que a Volkswagen realizou para adquirir mais ações da MAN. A proposta foi de US$ 20 bilhões, entretando, o executivo afirmou que não há um valor concretizado. “A filosofia da Volkswagen é de multimarcas: assim como em automóveis, em que ela detém as marcas Volkswagen, Audi, Porsche e tantas outras, na área de caminhões ela tem as marcas Scania, MAN e Volkswagen Caminhões e Ônibus. É uma tendência natural de se trabalhar junto”, argumentou.