Os recorrentes congestionamentos de caminhões e o aumento das atividades de apoio à operação portuária em Cubatão/SP têm preocupado a prefeitura da cidade em relação a qualidade do ar da região.  Há 20 anos, Cubatão recebeu da ONU o selo verde como símbolo de recuperação ambiental, um certificado por ter se recuperado e deixado para trás o título de cidade mais poluída do mundo. Segundo Marcos Cipriano, gerente da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) do município litorâneo, devido à falta de espaço na área portuária de Santos, os caminhões avançaram para os espaços fora do local. “Hoje temos um pátio gigantesco de caminhões em frente à nossa estação, assim, além da fonte fixa de poluição, as chaminés das indústrias, passamos a ter outra preocupação: a fonte móvel, com queima de combustível acentuada\” diz Cipriano.
Atualmente, o governo de São Paulo debate um decreto para tornar mais rígidos os critérios de emissão de poluentes no Estado. O objetivo é cumprir os níveis da Organização Mundial de Saúde – órgão da ONU que realiza em junho a conferência Rio+20 – e reduzir com o tempo o nível de poluentes de 50 microgramas por metro cúbico (50 mcg/m3) por ano para 20 mcg/m3. \”São metas ambiciosas. Mesmo com todos os incrementos, acho complicado atingir na área industrial, porque mudou o cenário do passado, quando só tínhamos a fonte fixa\”, explica o gerente da Cetesb.

Fonte: Valor Econômico