Motoristas de caminhão que passam pela Transamazônica (BR-230) querem cobrar na Justiça os prejuízos causados aos veículos por causa das condições da rodovia. Segundo os trabalhadores, o tempo de espera chega até quatro dias para retomar a viagem em locais da via nas proximidades do rio Aripuanã, na cidade de Novo Aripuanã, a 227 Km de Manaus. As cargas transportadas para Apuí, a 453 Km da capital, ficam paradas em atoleiros que se formam com o período chuvoso. De acordo com o carreteiro Jadson Clayton Santos Souza, os motoristas aguardam na fila o momento de seguir viagem. \”Quem vai chegando vai enfileirando atrás. Vamos tentando. Quando passa o primeiro, vamos ajudando a puxar os outros\”, afirmou. Os motoristas puxam os caminhões com cabos de aço, o que pode danificar o motor. O estradeiro Geraldo da Silva Gumeiro fica indignado com a situação. \”Tive um prejuízo grande. A frente do meu caminhão foi arrancada. Dois mil reais só o prejuízo que tive. Vou chegar em Porto Velho/RO, arrumar um advogado e acionar a Justiça Federal para receber centavo por centavo que eu gastar no caminhão\”, declarou.
Projetada entre os anos de 1969 e 1974 para integrar a Região Norte ao restante do País, a Transamazônica corta sete Estados brasileiros e é considerada a terceira maior rodovia do Brasil. Ela conta com 8 mil quilômetros de extensão, porém apenas metade encontra-se concluída. A outra parte está sem pavimentação, condições que além de dificultar o tráfego dos veículos pela via pode quebrar os motores dos caminhões.

Fonte: G1