Quase dois terços das rodovias pavimentadas do Brasil estão em situação regular, ruim ou péssima. Os números fazem parte da 16ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada nesta quarta-feira (24/10) pela Confederação Nacional do Transporte.
Segundo a análise, dos 95.707 quilômetros avaliados, 33,4% estão em situação regular, 20,3%, ruim e 9%, péssima. Outros 27,4% estão em bom estado e 9,9% em ótimo. Em relação aos números da pesquisa de 2011, houve piora na qualidade das estradas nacionais. No ano passado, 57,4% foram classificadas como regulares, ruins ou péssimas, contra 62,7% este ano.
Ao todo, as 17 equipes de pesquisadores percorreram as principais rodovias federais e estaduais do Brasil. O estudo avaliou 65.273 km de rodovias federais e 30.434 km de rodovias estaduais sendo que, dessas, 80.315 km estão sob gestão pública e 15.392 km sob gestão de concessionárias. Enquanto apenas 27,8% das rodovias sob gestão pública estão em ótimo ou bom estado, o percentual positivo das rodovias concedidas é de 86,7%.
Os aspectos que embasam a pesquisa são a qualidade de pavimentação, a sinalização e a geometria da via. Enquanto em 2011 a sinalização era considerada ótima ou boa em 43,1% das rodovias, esse número foi reduzido para 33,8% este ano. A geometria da via também registrou queda, embora de menor percentual. Em ótimo ou bom estado eram 23,2% do total, agora são 22,6%. O único quesito com melhorias foi o de pavimento. As rodovias avaliadas como ótimas ou boas neste ponto passaram de 52,1% do total para 54,1% nesta edição.
Ainda sobre a sinalização, o levantamento mostra que ela é satisfatória (ótima ou boa) em 33,7% da extensão avaliada, sendo que 60,6% dela conta com acostamento e 88,1% tem predominância de pista simples de mão dupla.
Regiões e estados – No Sudeste, foram avaliados 27.187 km de rodovias; no Nordeste, 26.739 km; No Sul, 16.842 km; Centro-Oeste, 14.546 km e, no Norte, 10.393 km. De acordo com o levantamento, o Estado que possui maior percentual de rodovias em ótima situação é São Paulo, com 49,9% do total, seguida por Rio de Janeiro (20,6%) e Paraná (18%). Já os Estados com maior percentual de estradas em péssimas condições são o Acre (38% do total), Roraima (25,3%) e Amazonas (22,5%).