O Ministério Público Federal (MPF) anunciou na última terça-feira (31/05), em Brasília, que o edital para as obras de reforma do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, em Minas Gerais – com lançamento previsto para 26 de maio – só poderá ser publicado quando a cláusula sobre os critérios de reassentamento das 3.000 famílias que vivem à margem da rodovia estiver inclusa nas regras da licitação.
No edital inicial – calculado em R$ 700 milhões – o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não previu a remoção das famílias no projeto. A estimativa é que agora serão necessários mais R$ 250 milhões para as remoções, pois de acordo com os requisitos estabelecidos pelo MPF, as famílias que vivem à beira do Anel só poderão ser retiradas de suas casas após a construção de unidades habitacionais, dotadas de infraestrutura necessária. Com isso, o início das obras, anunciado para o mês de setembro, fica sem qualquer previsão. Está programada para o próximo dia 16, audiência pública para tratar do assunto na Assembléia Legislativa de Minas. O vice-prefeito de Belo Horizonte, Roberto de Carvalho, garante que as obras começarão assim que a licitação para a construção das moradias for concluída, porém admite que neste ano não será possível fazer as obras exigidas pelo MPU.