De acordo com a deliberação da reunião da Câmara Técnica de Comercialização e Tarifas (CTCT) do SETCERGS, a partir de ontem (1/09) as empresas de transporte de cargas reajustaram suas tarifas em 6,88%. A iniciativa segue o exemplo da Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística (NTC&Logística), ao examinar os aumentos dos insumos apurados pelo Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Econômicas (DECOPE), entre fevereiro e julho de 2008, assim como o impacto das restrições ao trânsito nos grandes centros sobre os custos da coleta e entrega.
Contribuíram para este resultado os pesados aumentos do diesel, que em algumas bombas chegaram a 16%, dos salários (7,5%) e despesas administrativas e de terminais (7,1%), como também de outros insumos utilizados pelo setor.
As novas medidas restringindo o tráfego de caminhões nos grandes centros urbanos, como o rodízio recentemente adotado em São Paulo, contribuíram para o aumento dos custos das transportadoras. De acordo com estudos realizados pela NTC & Logística, essas restrições indicam acréscimos da ordem de 44% no custo de coleta e entrega, que representa aumento de 15% no custo-peso total.
– Taxa de Restrição ao Tráfego
Para ressarcir os custos adicionais com as coletas e entregas em municípios como São Paulo, Brasília e Rio Janeiro, que já estabeleceram restrições à circulação de caminhões ou à operação de carga e descarga, e em outras cidades, as transportadoras passam a aplicar a Taxa de Restrição ao Tráfego (TRT), a ser cobrada na forma de um percentual de 15% adicional sobre os fretes das cargas que tenham como origem ou destino estas localidades, sendo o valor mínimo desta generalidade de R$ 12,00.