Hábito comum a muitos motoristas brasileiros, viajar com esposa e filhos, principalmente em períodos de férias escolares, é uma prática agradável, porém nem sempre é totalmente segura, principalmente pela falta de cintos de segurança para todos os acompanhantes que estão na cabine

É comum no período de férias escolares encontrar motoristas viajando com a família no caminhão. Para o profissional que passa tantos dias fora de casa é uma combinação perfeita trabalhar em companhia da esposa e filhos. A cabine se transforma em uma extensão móvel de sua casa, com brinquedos espalhados, travesseiros e até televisão portátil dentro do espaço. Os carreteiros garantem que a viagem fica muito mais tranqüila, com horários de parada para almoço, lanche, jantar e descanso, embora o caminhão não tenha sido projetado para transportar crianças e adultos em excesso.

Antes de planejar esse tipo de viagem é importante o motorista se conscientizar de que o perigo maior não é a multa e sim a segurança e a vida dos familiares

A falta de assentos adequados e de cintos de segurança para todos os ocupantes são os principais motivos que tornam o ato de levar a família na cabine uma maneira pouco adequada e segura de viajar. O primeiro item a ser observado no momento que o carreteiro opta em viajar com a família é a quantidade de cintos de segurança existente na cabine.

Em caso de transportar crianças menores de 10 anos, que ainda não tem altura suficiente para utilizar o cinto, é prudente adaptar algum sistema de retenção e cita como exemplo as cadeirinhas de banco, mesmo não sendo obrigatório no caso dos caminhões, conforme resolução do Contran. A questão das cadeirinhas é importante pelo fato de o cinto de segurança ter sido projetado para atender adultos. Uma criança com massa corpórea e altura desproporcional que utiliza o dispositivo corre grande risco de sofrer danos graves, inclusive asfixia.

Muitos motoristas colocam mais pessoas do que o caminhão pode transportar e alerta que esta prática pode resultar em acidente grave. Uma pessoa, assim como qualquer objeto solto na cabine, se transforma em uma arma durante a colisão.