Uma das medidas do Plano Brasil Maior, do Governo Federal, está relacionada ao transporte rodoviário de cargas. Trata-se da ampliação de benefícios do programa Procaminhoneiro, que reduziu juros e ampliou o financiamento para a compra de caminhões novos e usados. De acordo com o pacote anunciado pela presidente Dilma Rousseff, a taxa anual de juros do programa baixou de 7% para 5,5% e o pagamento pode ser feito de duas formas: prestações fixas ou com parcelas decrescentes. Já o prazo máximo para os financiamentos aumentou de 96 meses para 120 meses. O Procaminhoneiro está disponível para a compra de equipamentos novos como caminhões, chassis, caminhões-tratores, carretas, cavalos-mecânicos, reboques, semi-reboques, tanques e carrocerias para caminhões. Os veículos, que precisam ser registrados no órgão de trânsito competente, podem ser novos ou usados, com até 15 anos de fabricação. Outro programa, o PSI, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também foi prorrogado para dezembro de 2013. Para a compra de ônibus e caminhões, as taxas caíram de 10% para 7,7% ao ano. O nível máximo de participação do BNDES aumentou de 80% para 100%, para micro, pequenas e médias empresas, e de 70% para 90% para grandes empresas.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, essa iniciativa do governo é muito importante, desde que seja oferecida a infraestrutura necessária para que os caminhoneiros autônomos consigam utilizar efetivamente o programa. Sobre o fim da carta-frete, que poderia contribuir com a comprovação de renda desses profissionais, Fonseca afirma que a fiscalização da Agência Nacional de Terrestres (ANTT) ainda é precária e acaba dificulta uma contratação mais regularizada dos carreteiros. Segundo o dirigente da Abcam, quem consegue realmente renovar a frota e ter acesso ao Procaminhoneiro são as micro e pequenas empresas, que conseguem declarar renda.

Fonte: Agência CNT de Notícias