Recente levantamento do Ministério da Saúde feito em 26 capitais brasileiras aponta redução de resgates em acidentes de trânsito após a nova lei de trânsito, que proíbe dirigir depois do consumo de bebidas alcoólicas. Prova disso é que entre o período de 20 de junho a 19 de julho, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), no conjunto de 26 capitais do País, atendeu 1.772 acidentes de trânsito a menos do que igual período anterior. Com isso, as ocorrências caíram de 11.918 unidades para 10.146 casos, redução de 14,86%.

Em seis capitais, a queda foi superior a 20%, como Campo Grande/MS, Belém/PA, Manaus/AM, Macapá/AP, Salvador/BA e São Luís/MA. O SAMU de São Paulo registrou queda de 14,26% nessas operações. O do Rio de Janeiro, por sua vez, 10,85%, o de Boa Vista/RR, entretanto, não enviou os dados ao Ministério da Saúde por ter começado a operar em 7 de julho, com a lei já em vigor.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, observou que além de poupar vidas, a nova lei reduz gastos com o tratamento de vítimas em unidades de saúde. \”O Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas) estima que os gastos totais com o atendimento médico hospitalar, internações, cirurgias, tratamentos das vítimas de acidentes de trânsito custam ao SUS cerca de 5 bilhões de reais por ano. Em cada redução de 10% do número de vítimas, o Ministério da Saúde estaria economizando o equivalente a 500 milhões de reais. Isso permitiria ao ministério, por exemplo, construir 300 Unidades de Pronto Atendimento 24 horas\”, conclui.