O governo do Paraná tem utilizado o porto de Antonina para tentar desafogar o tráfego em Paranaguá. A estratégia é deslocar especialmente as cargas de fertilizantes, que são importadas em Paranaguá para Antonina. Hoje, o porto recebe cerca de 50% de todo o fertilizante usado no Brasil e o tempo de espera para atracação dos navios chega a superar um mês. Com a entrada de Antonina no desembarque de fertilizantes, esse período de espera diminuirá em cerca de três dias, segundo o governo estadual. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, entre 2010 e 2011, a movimentação de cargas em Antonina aumentou 270%. \”Nós tiramos do sistema de Paranaguá 1 milhão de toneladas por ano\”, disse o superintendente da Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), Airton Vidal Maron. Segundo Luiz Henrique Dividino, diretor-presidente dos Terminais Portuários da Ponta do Félix (empresa privada que opera o porto), houve uma estratégia conjunta do governo estadual e da operadora privada para transformar Antonina em alternativa a Paranaguá. Porém, para a conclusão deste projeto há alguns entraves. A profundidade de Antonina é muito baixa em comparação a Paranaguá (apenas 7 metros, ante 12 metros no porto vizinho). Por causa disso, muitos navios só conseguem descarregar em Antonina depois de serem \”esvaziados\” em outros terminais. O governo planeja iniciar uma dragagem para aprofundar o calado do terminal em 2012, a licença ambiental deverá sair no início do ano. O Estado gastará R$ 180 milhões na obra, que aumentará a profundidade de Antonina para cerca de nove metros. Enquanto isso, os investimentos privados devem somar R$ 90 milhões até 2014. A meta é triplicar a movimentação de mercadorias nesse período.
Fonte: Folha de S. Paulo