Em tramitação desde 1998, processos judiciais envolvendo o governo do Paraná e as concessionárias de rodovias que atuam no Estado serão congelados por 180 dias. Este prazo servirá para que a esfera pública e a iniciativa privada discutam as pendências que envolvem os contratos de administração das estradas paranaenses. Ao todo, 140 ações estão em processo na Justiça. Os principais processos tratam da vigência dos contratos, da tentativa de rescindir acordos com as empresas e da anulação de aditivos contratuais. Desde a implantação das praças de pedágio, em 1998, os valores das tarifas mais do que triplicaram. Com isso, o governo pretende resolver duas questões principais: quer a redução de preços e a antecipação e inclusão de algumas obras. Para que isso seja possível, estão sendo pesquisados em outros Estados e até em outros Países modelos que possam ser adaptados ao sistema paranaense. “Ainda não temos uma fórmula para isso, mas várias possibilidades estão sendo analisadas”, destacou José Richa Filho, secretário de estado de infraestrutura e logística. A justificativa do governo é de que o elevado preço da tarifa do pedágio dificulta o desenvolvimento econômico do estado. Entretanto, na opinião do professor Luiz Afonso Senna, integrante do Lastran (Laboratório do Sistema de Transportes) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e um especialista em pedágio, reduzir preço e aumentar investimentos são duas medidas contraditórias. “Não será fácil fazer isso”, opina.
Fonte: Gazeta do Povo – PR