O diesel S-50, que começou a ser vendido neste ano, está encalhado nos postos por falta de demanda. Segundo representantes de distribuidoras e postos, como praticamente não há veículos com as novas motorizações – que exigem o uso deste combustível – em circulação, o consumo do diesel está limitado a \”curiosos\”.
“Apenas donos de camionetes estão comprando o S-50”, destaca Ricardo Hashimoto, diretor de postos de rodovias da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis). José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro (sindicato dos postos de São Paulo), destaca ainda que o mercado esperava “que um caminhão seminovo também abastecesse com o S-50, mas nem isso está acontecendo, porque o preço do novo diesel encarece o frete”.
Dependendo da região, o novo diesel chega ao consumidor por um preço de R$ 0,12 a R$ 0,16 maior do que o S500, que é o mais comum hoje nos grandes centros urbanos, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo). Nas refinarias da Petrobras, a diferença é de R$ 0,06 por litro. \”O preço é uma barreira para adesão ao novo diesel. A experiência do carro flex nos mostra que o consumidor migra de acordo com o preço\”, diz Allan Kardec Duailibe, diretor da ANP.

Fonte: Folha de S. Paulo