O quarto painel apresentado no último dia (06/07) do I Encontro Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, promovido pelo Ministério dos Transportes, abordou o aumento da segurança nas estradas. De acordo com dados da Divisão de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio – DPAT, estima-se que os prejuízos giram em torno de 600 a 1 bilhão de reais. A partir de 1990 constatou-se que houve migração de assaltos a banco para roubo de cargas. A região Sudeste detém 77,52% (eletroeletrônicos) de distribuição do roubo, por ser o maior pólo produtor de riquezas e concentrar vários entroncamentos rodoviários que levam a outras localidades, a região Sul 10,49% (couro, fumo e polietileno), Nordeste 6,68% (gêneros alimentícios), Centro-Oeste 3,17% (medicamentos) e Norte 2,14% (combustíveis). O inspetor chefe da Polícia Rodoviária Federal, Alvarez Simões, acredita que para diminuir a insegurança nas estradas deveriam ser tomadas medidas como renovação da frota de veículos de carga, melhoria da infra-estrutura de segurança, trabalho conjunto da PF, PRF e DNIT, criação da coordenação de inteligência (COINT) em todas regiões, implantação da divisão de combate ao crime (DCC) e divisão de fiscalização de transportes (DFT), aprendizagem organizacional e centrais de informação. Além de mudanças na legislação penal e processual penal, pertinentes ao crime de receptação, com penas mais duras que possam, de fato, punir o receptador de produto de crime, como acrescentou o assessor para Área de Segurança da Associação Nacional de Transportes de Carga e Logística – NTC&Logística, Cel. Paulo Souza. Já o presidente da Federação Nacional dos Caminhoneiros, Diumar Bueno, defende o controle do tempo de direção. \”Há uma guerra contra o tempo, contra o sono e estado das rodovias. É um desafio desumano\”, disse.