A Shell orienta que problemas com lubrificação de motores são geralmente atribuídos ao filtro de óleo, entretanto, muitas vezes a falha pode estar na pressão do óleo e que por uma série de razões se altera. Para ajudar o profissional de mecânica nos diagnósticos, a Shell explica algumas das prováveis causas.
Imagine um filtro perfeito para lubrificante de motor que remova possíveis contaminantes, mesmo aqueles de tamanhos microscópicos. Forçar os cerca de 11,35 litros de óleo por minuto por meio de um filtro tão apertado iria requerer uma bomba extremamente poderosa ou um filtro muito grande. Nesse exemplo, a pressão de óleo aferida pela bomba seria bem alta. Por outro lado, imagine usar a mesma bomba, mas trocar o filtro \”tela de arame\” pelo filtro de óleo microscópico. A bomba iria derramar óleo facilmente por meio do filtro \”tela de arame\”, e a pressão medida pela bomba seria bem baixa. Mas nesse caso, o filtro poderia não remover muitos contaminantes e aí a bomba de óleo criaria o fluxo do produto, que está relacionado à pressão do lubrificante.
A bomba de óleo em um carro comum ou caminhão é uma bomba de deslocamento positivo, que fornecerá mais produto do que o necessário para lubrificar o motor. Qualquer excesso de óleo é direcionado de volta para o cárter pela válvula reguladora de pressão. Se não estiver operando adequadamente, essa válvula pode ficar permanentemente na posição aberta ou fechada. Se ficar aberta, a maior parte do óleo será direcionada de volta para o cárter, fazendo com que o motor fique sem lubrificante. Se parar na posição fechada, muito óleo será fornecido para o sistema e a pressão de óleos pode se desenvolver. Esse excesso de pressão pode fazer com que o filtro se deforme ou estoure. Essa condição é geralmente confundida com um problema com o filtro de óleo ao invés de um problema com a válvula reguladora de pressão.
Por outro lado, se um medidor de pressão de óleo do motor afere uma pressão muito baixa, considerando que esteja funcionando adequadamente, ocasionando falta de óleo ao medidor de pressão de óleo, pode ser decorrente das possibilidades abaixo:
Baixo nível de óleo no cárter; tubo de retorno e/ou tela entupidos devido ao excesso de contaminação e/ou depósitos; óleo do motor muito denso ou viscoso para ser sugado pela bomba de óleo; filtro de óleo excessivamente restrito; válvula reguladora de pressão parada na posição aberta.
Além disso, um vazamento no bico injetor ou uma falsa entrada de ar podem gerar uma mistura rica e contaminar o óleo do motor. Isso pode afinar a viscosidade do óleo do motor e resultar em pressão de óleo mais baixa.
No caso de temperaturas mais quentes do óleo, sua viscosidade afina enquanto o produto é aquecido a temperaturas acima da especificação de trabalho. Se o óleo do motor ou o próprio motor esquenta mais que o normal, a pressão poder ficar mais baixa, devido à baixa bombeabilidade do lubrificante.
Formação de espuma do óleo acontece quando o lubrificante do motor bate em rotação, podendo criar bolhas de ar. Sem o produto apropriado ou sem tempo suficiente para saírem, as bolhas de ar fluindo no motor são mais facilmente comprimidas, influenciando a pressão do óleo.
Se a pressão do óleo do motor está elevada, pode ser ocasionada pela viscosidade muito pesada, ou óleo mais denso que o especificado, pesadamente velho ou oxidado, e/ou óleo contendo partículas com contaminantes excessivos. Outro fato é quando a válvula reguladora de pressão de óleo está parada, podendo acarretar em inchamento ou vazamento do filtro de óleo.
A Shel informa que essas possibilidades não são um diagnóstico completo para localizar defeitos na pressão do óleo, entretanto, no geral, deve-se lembrar que uma pergunta do cliente sobre pressão do óleo pode não ter uma resposta simples.