O 3º Simpósio Internacional de Tecnologia e Eficiência na Reforma Pneumática, que será realizado durante a 7ª Feira Internacional de Tecnologia e Equipamentos para Reforma de Pneus, entre os dias 9 e 12 de maio, em São Paulo, irá discutir a polêmica sobre importação de pneus usados.

Enquanto o projeto 216/03 do senador Flávio Arns (PT-PR), que permite a importação desses produtos usados foi aprovado por 18 votos a um , porém deverá passar pela comissão do meio ambiente, Vilien Soares, diretor-geral da ANIP afirma que algumas portarias vem legitimando a importação. \”Pneus novos deixam de ser vendidos e reformados no Brasil e, com isso, insumos nacionais, tributos e empregos deixam de ser gerados\”, afirma Soares. Para o executivo, a indústria nacional oferece uma quantidade suficiente de pneus usados e de boa qualidade para as necessidades do País.

Por outro lado, o presidente da ABID (Associação Brasileira da Indústria de Pneus Remoldados), Francisco Simeão, é a favor da importação. \”Na Europa é possível encontrar super pneus em termos de estrutura, pois no final de sua vida útil são carcaças melhores que as encontradas no Brasil, devido a má qualidade de conservação das rodovias nacionais\”. Além disso, para Simeão o País  não consegue gerar a quantidade necessária de pneus.

Contudo, com relação a venda desses produtos importados que seriam posteriormente remoldados, ambos executivos são contra. Neste caso, são unanimes que haveria uma concorrência desleal em relação aos pneus novos, pois seriam comercializados sem que se deixasse claro ao consumidor que são produtos usados remoldados. Porém a ABID defende a regulamentação da importação como uma forma de combater a venda direta \”Dos 10 milhões importados, um milhão é desviado e isso nos prejudica no aspecto comercial. Se a importação fosse liberada, seria considerado um contrabando\”, argumenta Simeão.