por Daniela Giopato
Desde fevereiro de 2008, a empresa OHL Brasil se tornou responsável pela manutenção e conservação de um dos importantes elos de ligação entre São Paulo e Curitiba, a Régis Bittencourt, antes sob os cuidados do Dnit – Departamento de Infra-estrutura no Transporte. Nesse primeiro momento da concessão, os trabalho foram dedicados à recuperação da rodovia, principalmente serviços emergenciais que incluem melhoria da pavimentação das pistas, sinalização vertical (placas solos), sinalização horizontal (tachas refletivas), iluminação e dispositivos de segurança, capina e roçada da vegetação à margem da pista, recuperação de passarelas, entre outros. A empresa já iniciou também a cobrança de pedágio em algumas praças da rodovia e outras estão ainda em fase de conclusão.
Os motoristas já usufruem de algumas melhorias na estrada como os serviços de socorro médico, atendimento a veículos com problemas mecânicos, apreensão de animais na pista, viaturas para combate a incêndio, inspeção de tráfego constante e telefone 0800 para solicitação de atendimento e nove bases operacionais de apoio ao tráfego. Todos os serviços são 24 horas.
Ainda este ano, de acordo com informações da OHL, estão previstas outras melhorias como a implantação de oito bases de pesagem móvel, duas estações meteorológicas, um par de call box a cada um quilômetro (total de 804 unidades) até o final do terceiro ano de concessão; construção do contorno Norte de Curitiba, em pista dupla, com 11,6 km de extensão, de 105,6 km de vias marginais, 45,7 km de barreira de concreto, divisórias de pista tipo New Jersey, e duplicação de 30,50 km de pista na Serra do Cafezal.
Em relação aos trechos considerados os mais complicados, na opinião dos motoristas de caminhão, as Serras do Cafezal e do Azeite, a empresa também garantiu que serão realizadas algumas obras para aumentar a segurança. No trecho da Serra do Cafezal (km 336 ao 366+500 = 30,5km), além de intervenções localizadas, como reforço da sinalização nos pontos de maior incidência de acidentes, está prevista a duplicação. Já na Serra do Azeite serão implantados projetos específicos para propiciar melhores condições de segurança.
Outro ponto muito criticado pelos carreteiros são as horas que se perde quando ocorre um acidente na rodovia, o congestionamento, segundo eles, chega a alcançar 10km. A OHL acredita que o principal fator que contribui para os acidentes ocorridos na Régis Bittencourt está relacionado à incompatibilidade da velocidade desenvolvida por alguns motoristas, especialmente veículos de carga, que não respeitam às limitações de velocidade estabelecidas em função de restrições geométricas (curvas acentuadas em determinados locais, como nos trechos das Serras), agravado ainda por problemas relacionados à própria carga. (em excesso, mal acomodadas).
Os tempos médios de paralisação do tráfego, ainda conforme informações da empresa, estão hoje significativamente menores em função do atendimento prestado pela concessionária como os serviços de inspeção de tráfego, socorro mecânico, guinchamento de veículos e de atendimento médico aos acidentados. A solução para esse problema está na junção dos fatores: conscientização dos motoristas; intensificação da fiscalização e dos mecanismos de monitoração e implantação das melhorias estabelecidas em contrato.
Mas todas essas melhorias têm um preço tanto é verdade que já estão em funcionamento dois pedágios desde o dia 29/12/2008. As praças estão localizadas no km 299 (São Lourenço da Serra/SP) e km 485 (Cajati/SP). Ainda estão previstas mais quatro praças nos km 370 (Miracatu/SP), km 427 (Juquiá/SP), km 542 (Barra do Turvo/SP) e km 57 (Campina Grande do Sul/PR). O valor da tarifa básica é de R$ 1,50 por eixo.