Por meio de uma auditoria, o TCU (Tribunal de Contas da União) constatou que as obras no Arco Metropolitano do Rio de Janeiro, no trecho da BR-493 – entre o entroncamento da BR-040, BR-116 e BR-101 (Porto de Sepetiba) -, podem gerar aos cofres públicos do Estado prejuízo de R$ 100,8 milhões.
Segundo a análise, as obras estão orçadas em R$ 965 milhões, mas o Estado prevê gastar R$ 1,1 bilhão, segundo a Secretaria Estadual de Obras. Entre as empresas que participam do trabalho está a Delta Construções. A empresa é responsável pelo quatro do projeto, no qual o TCU aponta ter ocorrido o maior acréscimo em serviços de terraplanagem: 87%. O relatório cita ainda que, \”em junho de 2010, quando foram realizados os trabalhos de fiscalização, a obra tinha apenas 6,3% dos serviços executados\”. O documento do Tribunal de Contas sugere a paralisação na execução da obra, considerando que foram detectados \”sobrepreço decorrente de jogo de planilha (esquema para a inclusão de aditivos na obra); sobrepreço decorrente de preços excessivos frente ao mercado; critério de medição inadequado ou incompatível com objeto real pretendido\”. Com isso, os contratos da obra passarão por um \”pente-fino\” da bancada de oposição na Assembleia Legislativa. O motivo seria a \”falta de transparência\” nas licitações relativas à maioria dos acordos que \”permitiram reajustes indevidos\”, segundo afirmou o deputado Marcelo Freixo (Psol). De acordo com o parlamentar, os aditivos aos contratos seriam \”manobra para aumentar o preço\”. \”O que acontece no Arco Rodoviário é o mesmo que aconteceu nas obras do Pan\”, acusa Freixo. As construções para os Jogos Pan-americanos foram orçadas em R$ 400 milhões, mas, no fim das obras, foram gastos R$ 4 bilhões.
Fonte: O Dia