Inovações e modernidade são termos também com data de validade. O que hoje é novo e atual, amanhã será objeto de história meramente ultrapassado. Um espelho dessa realidade está nos caminhões antigos que já foram desejo dos transportadores e comparados aos modelos de hoje são vistos como desconfortáveis e ultrapassados embora muitos rodem ainda por aí.
Um bom exemplo está no Mercedes-Benz 1113, caminhão cujo auge aconteceu nos anos 70 e até hoje é ainda um ícone entre transportadores.
Existem modelos de outras montadoras que também se destacaram no setor de transporte, porém o 1113 chegou ao mercado no início da década com o desafio de substituir outro ícone de grande sucesso da marca, o 1111.
Na época, um catálogo da Mercedes-Benz enaltecia itens técnicos que faziam diferença na época. A começar pela cabine, era a mesma do seu antecessor e trazia em seu desenvolvimento a proposta de conforto e segurança.
Entre outros itens, essas características eram justificadas pela Mercedes-Benz pelo para-brisa panorâmico de uma peça única e amplas janelas laterais que proporcionam excelente visibilidade em todas as direções.
Ainda na linguagem da fabricante, dois espelhos retrovisores externos permitiam manobras mais fáceis e seguras. Outro ponto destacado era o “isolamento completo entre a cabina e o compartimento do motor por meio de revestimento à prova de calor e som”.
Sobre o painel, dizia ser moderno e com instrumentos de fácil leitura e comandos de manejo macio. Alavanca de câmbio e freio de mão de cômodo alcance, fino revestimento interno, além de cinzeiro e amplo porta-luvas.
Havia destaque também à suspensão da cabine por feixe de molas semi-elípticas, por meio de feixe de molas transversal auxiliado por amortecedores laterais do tipo telescópico na parte traseira e coxins de borracha na dianteira.
Diferencias como “poltrona” do motorista ajustável, que podia ser levantada, abaixada, recuada ou lavada para a frente, além do encosto reclinável, eram objeto de destaque da linha 1113.
Outra preocupação da montadora era destacar a calefação e ventilação da cabine. O catálogo dizia: os sistemas de ventilação e aquecimento, com comandos individuais, proporcionam grande conforto e a manutenção de uma temperatura ideal.
Motor e Câmbio – O texto do catálogo informava que graças ao desenho da câmara de combustão e do conduto de admissão, obtinha-se um excelente turbilhonamento da mistura de ar com o combustível injetado. E destas características resultavam o reduzido consumo de combustível.
Sobre a caixa de câmbio, por exemplo, o destaque eram as cinco marchas totalmente sincronizadas para a frente, que facilitavam a condução do veículo.
Pós-venda – Qual é a mercadoria mais perecível? A Assistência técnica Mercedes-Benz acha que é o tempo. Essa era a chamada para a marca comunicar que contava com ampla rede de concessionários em todo o País, com mecânicos treinados pela própria fábrica, peças genuínas e atendimento sem perda de tempo, aumentado os lucros e perpetuando a qualidade dos veículos.