A falta de manutenção preventiva no caminhão pode resultar em diversos problemas para os caminhoneiros. Entre eles está o comprometimento da segurança na estrada e os prejuízos provocados pela indisponibilidade do veículo. Somado aos atrasos das entregas, quebra de contratos, e perdas das cargas, por conta de tombamentos, saques ou vencimento de validade, as despesas podem ser ainda maiores. 

Como reduzir custos na estrada?

As falhas mecânicas, provocadas pela falta de manutenção preventiva estão entre as principais causas de acidentes em estradas brasileiras. Nas vias de São Paulo, por exemplo, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), estima que, por dia, 600 veículos são guinchados, sendo que 62% desses casos resultam de falhas mecânicas ou elétricas.

Para os autônomos, que dependem exclusivamente do caminhão para faturar é extremamente importante fazer a manutenção preventiva do caminhão. 

Mas, será que vale pena reparos preventivos?

Manutenção preventiva é, em média, três vezes mais baratos que reparos corretivos. A economia está relacionada diretamente com o conserto dos veículos. As vantagens são ainda maiores quando levamos em consideração as perdas com paradas não programadas, cargas, garantia e outros.

Em geral, a revisão em caminhões deve ocorrer a cada 15 mil quilômetros rodados. E deve-se levar em consideração os componentes sensíveis como os freios, além de verificar cada sistema para garantir que não aconteçam paradas. A durabilidade dos freios está diretamente ligada às características de condução e da carga transportada. A regulagem das catracas dos freios mecânicas do caminhão e da carreta também devem ser levadas em consideração.

Outros pontos a serem verificados são a qualidade de óleo e filtros, que podem ocasionar a perda do motor, caixa de câmbio e eixo traseiro e os cubos das rodas, que são extremamente exigidos em veículos pesados e, em caso de quebra, pode resultar no desprendimento de rodas, podendo causar graves acidentes.

Manutenção preventiva influência no consumo de diesel

A redução do consumo do diesel passa pela forma de dirigir, na qualidade da manutenção, do combustível e até a calibragem dos pneus. Motoristas que trocam a marcha no momento correto acabam freando menos, pois utilizam mais o freio motor. Por outro lado, manter o motor bem regulado, pneus calibrados e troca de óleo em dia também contam muito.

Trafegar com veículo em mau estado de conservação gera multa

Além da falta de manutenção poder contribuir para os acidentes nas estradas também pode ser um fator para gerar multa.

A manutenção vai desde o item mais básico, como a chave, até um dos mais importantes que são os freios. A má conservação ocasiona muitos acidentes com resultados trágicos. A PRF, nesse sentido, realiza fiscalizações específicas para verificação da manutenção de veículos, para a prevenção de acidentes.

Nestas fiscalizações são verificadas as condições dos pneus, sistema de iluminação, sistema de frenagem, presença de equipamentos obrigatórios, além da documentação do motorista e do caminhão. Por fim, é verificado se o motorista ingeriu álcool e estava dirigindo.

A multa para o carreteiro que trafega com o veículo em mau estado de conservação é grave, com 5 pontos na CNH e R$ 195,23, além da retenção do caminhão para regularização. Até ser regularizado, o veículo não pode circular, podendo ser apreendido se o saneamento não for realizado. Por exemplo, se o Agente da PRF verificou que o caminhão está com pneus que não ofereçam segurança, ele vai ter que substituir o item para poder continuar a viagem.

Portanto, quando o motorista faz a manutenção preventiva, realiza a checagem periódica dos itens de segurança, além de economizar no tempo ele terá uma viagem segura, sem contratempos ou frustrações e, numa fiscalização, evita o aborrecimento de ter o veículo retido e ser multado por algo que é seu dever.