Muitas mulheres, assim como jovens aspirantes a profissão, não sabem como iniciar o processo para migrar a categoria da CNH para ser motorista de caminhão. No caso de migrar a CNH (Carteira de Nacional de Habilitação) para as categorias que permitem conduzir caminhão é necessário passar por alguns procedimentos. O motorista que deseja conduzir veículos que exigem habilitação nas categorias “C” (vans até oito lugares, caminhonetes, pick ups, caminhões), “D” (ônibus, micro-ônibus, tratores) ou “E” (trailers, carretas e veículos articulados, por exemplo) precisa realizar o procedimento de mudança de categoria da CNH junto ao Detran.SP.
Para isso, é necessário estar com a CNH atual em situação regular (nem suspensa, nem cassada), não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, nem ser reincidente em infrações médias, nos últimos doze meses.
Migrar a categoria CNH passo a passo:
O condutor habilitado que deseja realizar a mudança da categoria para as categorias D ou E deve ter no mínimo 21 anos, ter a CNH com foto em situação regular, ter no mínimo dois anos na categoria B, ou no mínimo um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria D; e no mínimo um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria E, além de não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos últimos 12 (doze) meses.
O condutor habilitado que deseja realizar a mudança para a categoria C, deverá estar habilitado no mínimo há 1 (um) ano na categoria B e não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos últimos 12 (doze) meses.
Importante frisar que a adição de categoria A pode ser solicitada simultaneamente ao processo de mudança de categoria, portanto aquele que, por exemplo, é habilitado na categoria B e deseja adicionar e mudar para as categorias A/D, se cumprir as regras mencionadas poderá solicitar o serviço.
Será exigida a realização do exame toxicológico para o motorista habilitado na categoria B que pretende mudar para C ou D, e também para aqueles que já possuem categoria C e estão mudando para D ou E, bem como aqueles que já são habilitados na categoria D e estão mudando para E.
O próximo passo é a realização do exame médico de aptidão física e mental que deve ser feito dentro dos 90 dias de realização do exame toxicológico. Para taxista, motorista de ônibus ou condutor que realize alguma outra atividade remunerada de transporte de bens ou pessoas, será necessária uma avaliação psicológica.
Após considerado apto pelos peritos médico e psicólogo é necessário que se matricule em um Centro de Formação de Condutores (CFC/autoescola) credenciado que ofereça o curso prático para o veículo desejado, levando todos os documentos solicitados.
Após a conclusão do curso, a autoescola deverá agendar o exame de direção veicular. O exame só será agendado após pagamento da taxa. Após a marcação, em caso de aprovação no exame de direção veicular, a taxa de emissão da CNH deverá ser paga para que o documento possa ser emitido.
Migrar a categoria da CNH: número de mulheres motoristas cresce
Dados do Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo (Detran-SP) mostram que as mulheres estão cada vez mais expandindo seus locais de atuação e marcando presença no trânsito paulista. Segundo levantamento da autarquia, o número de mulheres que possuem CNH e exercem atividade remunerada dirigindo aumentou 10%, na comparação de 2022 com este ano. Em 2022, eram 1,39 milhão de mulheres que trabalhavam com registro profissional na carteira de motorista. Já neste ano o total chegou a 1,54 milhão. O total de homens que exercem atividade remunerada saiu de 4,2 milhões, em 2022, para 4,4 milhões neste ano.
O aumento de condutoras do gênero feminino também é perceptível na contabilização de CNHs ativas. Em 2022, dos mais de 23,8 milhões de condutores no Estado de SP, mais de 9,5 milhões eram mulheres. Neste ano, dos 24,7 milhões de condutores habilitados, mais 9,9 milhões são do gênero feminino. Já o total de homens que possuem habilitação passou de 14,3 milhões, em 2022, para 14,8 milhões, em 2024.
Na cidade de São Paulo, o número de mulheres dirigindo também apresenta tendência de crescimento. Em 2022, eram 2.435.625 mulheres com habilitação. Em 2023, eram 2.513.051. E, já no primeiro mês do ano, o Detran-SP contabiliza 2.517.422 de mulheres no trânsito.