Preço do frete aumentou em 17 Estados brasileiros durante o primeiro trimestre de 2021. O valor médio do frete no Brasil foi de R$ 0,99, apenas 1,99% superior ao registrado no mesmo período de 2020. Os dados fazem parte do “Relatório Trimestral FreteBras – O Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil”, produzido com base na análise de 1,6 milhão de fretes, da FreteBras , que analisou 25 Estados.

Crescimento por região

A região Norte apresentou o frete mais caro do período, alcançando R$ 1,09 no preço médio por km por eixo. As regiões Sudeste e Sul tiveram os preços mais baratos, R$ 0,98 e R$ 0,99, respectivamente. O Nordeste teve o maior aumento (+4,57%), enquanto as demais regiões oscilaram pouco. Os fretes no Norte aumentaram 2,43%. No Sudeste e no Centro-oeste a variação ficou um pouco abaixo de 2% em ambos os casos e, na região Sul, foi de apenas 1%, o que pode ser considerado como estável.

Frete x Diesel 

Apesar do aumento do preço do frete, o relatório da ANP, revelou que o preço do diesel comum nas bombas cresceu acima de 15% em todas as regiões. No Nordeste, o combustível superou os 20% de aumento, na comparação entre o primeiro trimestre de 2020 e 2021. “O aumento no combustível é extremamente preocupante porque representa de 40% a 50% dos custos dos caminhoneiros, mas não está sendo refletido na mesma proporção no valor do frete”, comenta Bruno Hacad, Diretor de Operações da FreteBras.

Volume de frete cresceu 53%

O volume de fretes rodoviários no Brasil deu um salto de 53% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento foi fortemente impulsionado pelos setores de construção e agronegócio, que aumentaram em 60% seus volumes de cargas transportadas, em cada indústria.

De acordo com o estudo, a região Nordeste apresentou o maior crescimento no volume de fretes (+95%) no período. De seus nove estados, cinco viram o volume de cargas mais que dobrar: Piauí (+127%), Sergipe (+126%), Pernambuco (+107%), Alagoas (+102%) e Bahia (+101%). Em segundo lugar ficou a região Norte (+76%), seguida pelo Centro-oeste (+64%), Sul (+47%) e Sudeste (+44%).

O relatório revelou também que o Estado do Tocantins quase triplicou (+186%) seu volume de fretes no comparativo entre o primeiro trimestre de 2021 com 2020. No sul, Santa Catarina viu seu volume de cargas crescer 74% e no Centro-Oeste, o Mato Grosso teve alta de 72%. Já no Sudeste, o Rio de Janeiro teve maior destaque, com 51% mais fretes.

Na análise do volume absoluto de fretes, as regiões Sul e Sudeste foram as mais representativas, com 30% e 40% do total de cargas transportadas, respectivamente. São Paulo foi o estado que mais somou novos fretes em comparação com o primeiro trimestre de 2020, seguido por Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina.