Caminhões movidos a biodiesel, bateria, gás, diesel sintético ou híbridos, entre outras fontes de energia, são diferentes alternativas de tração já disponibilizadas pela Scania para a atender parte da nova geração de veículos mais eficientes e com menos emissões que já começaram a substituir o óleo diesel como principal combustível do setor de transporte de carga e passageiros. O objetivo da empresa, conforme foi reforçado no evento, é ser reconhecida como parceira e líder na transição para um sistema de transporte sustentável e de baixa emissão de carbono.

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Estas soluções que atendem modelos para aplicações urbanas, construção e longas distâncias estiveram juntas num mesmo espaço no IAA, onde a Scania se destacou como a marca Premium do recém-criado Grupo Traton, braço da Volkswagen alemã que reúne fabricantes de veículos pesados entre eles a Volkswagen Caminhões e Ônibus, MAN, International, Sinotruk e Hino. Além das alternativas de combustíveis, inclusive o diesel sintético (HVO), veículos autônomos também foram assuntos comuns para a marca.

Baseada na sua nova geração de caminhões, introduzida na Europa em 2016, e complementada este ano naquele, continente, a montadora apresentou modelos movidos a gás e híbridos como soluções para o transporte do futuro. As duas opções têm motor Scania de 7 litros e cinco cilindros em linha nas versões de 220, 250 e 280cv de potência. Esse propulsor é 300 quilos mais leve que o de 9 litros, e no Brasil equipa os novos Scania para aplicação de distribuição em rotas urbanas e regionais. Vale lembrar que a nova geração já será vendida este ano no Brasil ainda e começa a ser entregue em fevereiro de 2019.

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Além do óleo diesel, esses propulsores também podem queimar óleo vegetal tratado com hidrocarbonetos combustível e também operar em paralelo com a unidade elétrica. Nesse caso, as opções são o hibrido elétrico (HEV) e hibrido plug-in (PHEV), cujas baterias podem ser carregadas na tomada. Na Europa, a HEV começa a ser vendida a partir de novembro e a PHEV para o próximo ano. Para o Brasil ainda não há previsão. Na opção elétrica, os motores geram 130kW (177hp) de potência e 1.050Nm.

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Embora haja diferentes alternativas para mover os veículos comerciais, especialistas dizem que os biocombustíveis em motores a combustão aparecem ainda como a mais viável a curto prazo. Para essa opção a Scania apresentou caminhões com motor de 7 litros movido a GNL (gás natural liquefeito), combustível com preço inferior ao do óleo diesel. Para o Brasil, ao menos por enquanto as soluções mais viáveis passam pelo Biometano, Gás Natural (GNV) e Bioetanol.

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Celso Mendonça, gerente de pré-vendas da Scania no Brasil, observou que com um metro cúbico de gás o caminhão faz a mesma quilometragem de um litro de diesel. “Em qualquer que seja a combinação, o veículo com motor de 7 litros não pode ultrapassar as 30 toneladas de PBT, advertiu. Destacou que uma questão a ser observada sobre o gás, em relação ao uso automotivo no Brasil, é a não permissão para uso na forma líquida, apenas na gasosa e comprimida. E nessa condição, o tanque para ser armazenado no veículo ocupa espaço três vezes maior. Essa opção de combustível estará disponível no País em 2019. Christopher Podgorski, presidente e CEO da Scania na América do Sul, lembrou que a empresa possui um leque de alternativas de motores que podem ser aproveitados e destacou que o biogás é uma importante oportunidade para o Brasil. As vendas no País começam este ano e as entregas em fevereiro de 2019, assim como toda a nova geração Scania.

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Caminhões híbridos, que podem operar no modo elétrico ou em paralelo com motores a gás, são soluções ambientalmente corretas da Scania que já estão prontas para o mercado de transporte

O presidente e CEO da Scania global, Henrik Henriksson, disse que a fabricante tem a sustentabilidade como uma marca em todos os mercados onde atua.  Sobre atuação da marca no mercado brasileiro destacou que os serviços conectados chegaram um pouco mais tarde, mas estão crescendo rápido. Para ilustrar ele citou como exemplos o diagnóstico remoto e a manutenção flexível. “O Brasil é nosso maior mercado e usamos o País para parte de nossa produção global. Junto com a Suécia, é um dos pilares da Scania”, concluiu.

Outro destaque da empresa no IAA foi o serviço de suporte baseado na localização do veículo para a realização de um ajuste automático predefinido e associado ao local aonde vai trafegar. Trata-se do Scania Zone, pacote opcional que possibilita, por exemplo, que o caminhão opere dentro de um perímetro conforme as regras preestabelecidas para o local. A regulagem das configurações é feita pelo Scania Fleet Management (serviço da marca que faz a gestão de frotas por meio da conectividade).

Apresentada como novidade, a ferramenta pode ajustar velocidade, baixar as emissões (nesse caso trafegar no modo híbrido), emitir pouco ruído (trafegar no modo elétrico) e ontrolar todo o caminhão e o implemento, como ligar luzes, lanternas próximo a escolas etc. Quando o veículo chega ao limite pré-estabelecido ele volta à operação normal”, acrescentou a gerente da divisão global de soluções sustentáveis e serviços conectados Scania, Clara Wallin.  Pode até parecer que esse tipo de suporte não seja tão relevante no Brasil, mas na Europa onde várias cidades já se preocupam em implantar modelos de zonas para melhorar a qualidade do ar, de ruídos, segurança e congestionamentos, o Scania Zone pode ser muito útil.

Outro lançamento da empresa no IAA foi AiCC Plus, ferramenta destinada ao platooning (comboio de caminhões conectados e guiados pelo que está na dianteira). Sua função é identificar e ajustar constantemente a distância entre o veículo da frente. A empresa ressaltou que esse dispositivo representa uma demonstração do que a marcha de comboios guiados irá representar no futuro, quando já houver tecnologia adequadas e aspectos jurídicos aprovados.