A Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotes) busca uma maneira de convencer o governo brasileiro a alterar o regime automotivo que aumenta em 30% o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos fabricados fora do Brasil. Segundo José Luiz Gandini, presidente da entidade, a associação tenta agendar uma reunião com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para discutir as consequências do novo regime  ao consumidor. Porém, o executivo explica que no momento não há possibilidade de negociação. “Parece que vamos ser pegos de surpresa novamente\”, declarou Gandini.
De acordo com os importadores, a nova medida fere as regras de mercado livre, pois vai contra o processo de globalização da indústria automotiva, no qual os importados complementam a oferta de produtos nacionais. Assim, eles argumentam que sem a concorrência dos estrangeiros, as montadoras nacionais ficarão com o caminho livre para promover aumentos de preços.
Além das questões de mercado, a Abeiva quer sensibilizar o governo sobre o impacto social da medida com o argumento de que as importadoras empregam mais de 35 mil pessoas. Fora isso, a entidade lembra que as empresas investiram na estruturação de uma rede de 848 concessionárias, agora sob risco.

Fonte: Valor Econômico