Baseada na decisão da Asociación de Fábricas Argentinas de Componentes (AFAC) sobre a resolução 185/2007, que exige a homologação das autopeças exportadas para o país num prazo de 180 dias, a contar do dia 1º de maio, a ANFAPE (Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças) cobra das autoridades brasileiras que o Brasil passe a ter as mesmas exigências em relação aos produtos importados.

A decisão do órgão argentino também abrange os fabricantes locais, entretanto o prazo para se adequarem é de 360 dias. Segundo Antonio Silva, diretor-secretário da ANFAPE, o Brasil deve proteger o mercado nacional assim como os outros países vêm fazendo. \”Não podemos permitir que somente nossos produtos necessitem de certificação e homologação para serem exportados e o contrário não aconteça\”, defende.

Para se adequarem às novas regras, os fabricantes de autopeças terão que encarecer o preço do produto final, que tornará o produto menos competitivo no mercado. Essa decisão afeta bruscamente o mercado de reposição de autopeças brasileiro, que tem na Argentina um dos maiores mercados de exportação.

Segundo a entidade, esse mercado é responsável por um faturamento anual de R$ 46 bilhões e gera mais de 1,5 milhão de empregos diretos em mais de duas mil indústrias, 500 distribuidores, 35 mil varejistas, 120 mil oficinas e fabrica 200 mil itens para 400 modelos de veículos de todos os tipos, sejam ônibus, caminhões, automóveis ou motocicletas. A A associação explica que surgiu com o objetivo de representar e fortalecer o setor de reposição independente de autopeças no Brasil.