O acidente que envolveu a colisão frontal de dois ônibus da empresa Andorinha no km 538 da rodovia Raposo Tavares, em Regente Feijó/SP, que matou 32 pessoas e deixou 22 feridos em estado grave, pode ter sido originado de cansaço físico dos motoristas.

A hipótese leva em consideração o fato dos representantes do DER de São Paulo constatarem que no trecho onde aconteceu o acidente, a pista estava em boas condições de tráfego e a visibilidade era de 400 metros num sentido e 700 m no outro, sendo que um ônibus a 80 km/h necessita de menos de 90 m para parar. Por isso, há indícios de cansaço físico ou cochilo, e o motorista quando acorda e acredita que irá colidir com o veículo da frente, muda de faixa automaticamente, encontrando outro veículo em sentido oposto.

\”Num acidente com essas características, os indícios apontam para cansaço, principalmente levando em consideração que os motoristas são profissionais submetidos a escalas pesadas. Essa possibilidade  deve ser investigada com atenção pelas autoridades, no caso a ANTT e ARTESP, responsáveis pela concessão das linhas\”, ressalta o coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Alberto Rizzotto

O SOS Estradas destaca que é necessária uma investigação sobre a construção dos ônibus e o que pode ser aprimorado no sentido de melhorar a segurança dos usuários.