Os contratos emergenciais de operação tapa-buraco que o governo federal firmou com as empreiteiras sem licitação apresentam variação de até 4.600% por km de rodovia restaurada. Conforme tabela divulgada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes), um trecho da BR-163, no Paraná, custa 31 vezes mais em relação a outro trecho de igual extensão na rodovia que liga os municípios de Três Pinheiros a Coronel Vivida.

A equipe do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, explica que a diferença está na quantidade de buracos e de asfalto necessário para realizar os remendos, o qual altera o custo pago às empreiteiras para realizar o serviço em cada rodovia. O ministro afirmou que o governo conseguiu negociar um desconto médio de 20% com as construtoras sobre o valor geralmente pago pelos serviços.

Entretanto, segundo levantamento realizado pelo Jornal Valor Econômico, cada km a ser recuperado na BR-040, que liga Brasília a Belo Horizonte, custa R$ 102 mil na rodovia que ainda pertence ao Distrito federal, sendo que mais adiante, algumas partes do trecho goiano de 157 km, com condições quase intrafegáveis, apresenta um valor pago por km às empreiteiras de R$ 19,3 mil.