1561As metas de desenvolvimento tecnológico e engenharia estabelecidas pelo novo regime automotivo devem levar a indústria automobilística a investir pelo menos, R$ 13,8 bilhões nos próximos anos, segundo cálculos da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

As regras do projeto do governo, divulgadas no início do mês, estabelecem níveis mínimos de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, engenharia e capacitação de fornecedores. Somados, eles começam em 0,65% do faturamento em 2013 e chegam a 1,5% a partir de 2015, mantendo esse patamar até o fim de sua vigência em 2017.

A conta da Anfavea considera esses percentuais mínimos, junto com a evolução da receita das montadoras nos cinco anos do novo regime – período no qual a produção de veículos, segundo estimativas, subirá de 3,47 milhões para 5,5 milhões de unidades.

Para as montadoras que conseguirem extrapolar investimentos mínimos em inovação e engenharia, o novo regime automotivo ainda concede dois pontos extras para abatimento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Nesse caso, os investimentos poderão facilmente superar a casa dos R$ 30 bilhões, conforme projetou o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini.

Incluindo os aportes em novas capacidades, a entidade já havia projetado no início deste mês que o regime elevaria os investimentos das montadoras para a faixa de R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões, acima do programa atual que prevê R$ 44 bilhões até 2015.

Para Belini, o setor tem, pela primeira vez, uma política industrial que obriga as empresas a realizar investimentos para desfrutar do crescimento do mercado brasileiro, que registrou forte entrada de produtos importados em 2011.

Do Valor Econômico