A Pematec-Triangel passa a adquirir a fibra de curauá (Ananas erectifolius) de comunidades do Vale do Jari, na Amazônia, entre o Pará e Amapá, e passou a utilizá-la como recurso na produção de painéis dianteiros, porta-pacotes, laterais de portas e porta-malas de veículos. Esses produtos integram o portfólio de montadoras como Volkswagen, Honda e General Motors. A empresa destina cerca de 90% de sua demanda para a fabricação de componentes para o setor automotivo

Segundo a empresa, a fibra do curauá é quatro vezes mais resistente que a fibra do sisal e dez vezes mais resistente que a fibra de vidro e seu cultivo não provoca a degradação da mata nativa, contribui com a revitalização de terras desmatadas, não demanda o uso de fertilizantes químicos e pode ser consorciada com culturas alimentares, o que representa uma fonte alternativa de renda e garante também a segurança alimentar ao pequeno agricultor da região amazônica. Suas folhas fornecem fibras resistentes, leves, flexíveis e biodegradáveis.

A planta é produzida por comunidades do Vale do Jari, na região amazônica entre os Estados do Pará e Amapá, a partir de programa do Grupo Orsa. O Projeto Curauá, parceria entre a Fundação Orsa, Prefeitura Municipal de Almeirim/PA e a empresa Pematec-Triangel, começou em julho de 2006. Na ocasião, um grupo de 15 agricultores do Vale do Jari iniciou o processo de cultivo da planta. Orientados por técnicos da Fundação, os agricultores realizaram o plantio de 187.500 mudas, em uma área de 7,5 hectares. Em agosto de 2007, pouco mais de um ano após o início das atividades, os produtores realizaram o beneficiamento de 11 toneladas da fibra do curauá.