1541A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nesta quarta-feira, dia 26/09, pesquisa feita pela instituição com profissionais do segmento sobre os rumos econômicos da atividade rodoviária para este ano de 2012. De acordo com o levantamento, 51,1% dos entrevistados esperam uma redução do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), índice quase seis vezes superior ao de março, mês da primeira pesquisa, quando houve taxa de apenas 8,7%.

Ainda de acordo com a amostra, metade dos transportadores acredita que os índices de inflação devem aumentar até dezembro, resultado também elevado se comparado a pesquisa anterior, quando 38,4% afirmaram que a taxa de inflação seria mais elevada.

Sobre as principais atividades ligadas ao setor, a maioria dos transportadores espera que ocorra redução no acumulado da receita bruta (41,1%), número de viagens (44,4%) e volume de carga, além da quantidade de passageiros transportados (38,9%).

No primeiro semestre, por exemplo, 57,8% dos entrevistados apostavam no aumento da receita bruta em 2012, número que baixou para 24,4% após seis meses. Sobre a contratação formal de empregos, aumentou para 31,1% a parcela dos que acreditam na redução da oferta de novas vagas de trabalho – em março, a taxa era de 16,6%.

Também aumentou o número de transportadores que acreditam em uma elevação no custo dos insumos. Para 84,4% deve aumentar o preço do diesel, 85,6% esperam elevação em lubrificantes e 77,8% apostam em preços mais altos para pneus. Em março, a sondagem da CNT revelou que as taxas eram de, respectivamente, 60,2%; 68,5%; e 73,4%.

Entre os entrevistados, 91,1% disseram que a crise econômica internacional afetará o Brasil. Na pesquisa realiza em março, 84,4% fizeram essa afirmação. Além disso, 87,9% dos empresários afirmam que a crise deve ter um impacto alto ou moderado sobre a economia nacional. No levantamento anterior, o índice era de 77%.

Investimentos programados

Segundo a pesquisa, os transportadores esperam manter o nível de investimentos na atividade este ano. Para 61,1%, a expectativa é de manutenção do tamanho da frota. Mais de 64% têm a expectativa de manter a abrangência geográfica do negócio e pouco mais de 75% devem continuar com as mesmas instalações físicas, sem ampliação.

No caso dos juros, 44,4% dos entrevistados disseram que eles devem ficar estáveis em 2012 – em março, o índice era de 29,8%. No início do ano, a maioria dos entrevistados – 34,9% – acreditava na elevação das taxas. O percentual baixou para 20% em setembro

Da Agência CNT de Notícias