O governo interveio novamente no cálculo das tarifas públicas, onde o Ministério das Minas e Energia anunciou a retirada do impacto da variação do dólar nos preços, e impôs, através de decreto, um porcentual de aumento menor para os consumidores residenciais. Com isso as tarifas de energia das distribuidoras de eletricidade de Minas Gerais (Cemig), do Mato Grosso (Cemat), do Mato Grosso do Sul (Enersul) e do interior de São Paulo (CPFL) sofreram reajuste entre 19,55% e 32,95%. O consumidor de baixa tensão da CPFL, por exemplo, terá um reajuste de 18,57% e os grandes consumidores de 20,15% a 24,55%, entretanto, as distribuidoras devem contestar a revisão das tarifas. Para evitar um aumento ainda maior, o governo adiou por 01 ano a incorporação às tarifas da variação cambial sobre os custos do setor elétrico. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se disse surpreendido com os aumentos e defendeu a revisão do papel das agências reguladoras e a relação delas com os ministérios. “Fico sabendo do aumento como vocês pela televisão, porque o governo terceirizou o setor criando as agências reguladoras, elas aumentam e eu fico sabendo pela imprensa,” explicou o presidente.