Entre 7 e 18 de dezembro deste ano será realizada em Copenhagen, na Dinamarca, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), que terá como foco o aquecimento global. O setor automotivo tem investido para contribuir com a redução da poluição ambiental e emissões de gases de efeito estufa na atmosfera com o desenvolvimento de tecnologias que resultaram nos veículos biocombustíveis. A reciclagem de veículos, por exemplo, é uma atividade que colabora para as questões da renovação da frota, sendo uma solução para o destino dos modelos reprovados na inspeção técnica veicular, do Projeto de Lei 5979/01, em discussão na Câmara dos Deputados. No Brasil apenas 1,5% da frota de veículos que sai de circulação vai para o processo de reciclagem, de acordo com a estimativa do Sindinesfa (Sindicato do Comércio Atacadista de Sucata Ferrosa). Ao contrário do que acontece na Europa e nos Estados Unidos, onde em o índice de reciclagem chega a 95%. Na América Latina, a Argentina vem se destacando na reciclagem automotiva, graças a uma lei de 2002 que exige que os veículos fora de uso sejam enviados para centros autorizados de tratamento.

Após o processo de reciclagem, as peças que podem ser reaproveitadas em um outro veículo são tratadas e vendidas. Essas peças podem ser cerca de 30% mais baratas do que as originais. O veículo passa primeiro por um processo de descontaminação, quando são retirados todos os fluidos, gases e elementos com potencial de contaminação. Na segunda etapa é feita uma avaliação geral para identificar as peças que poderão ser aproveitadas. Em seguida, os componentes selecionados passam por processo de retífica, em que também podem ser reutilizadas as matérias primas para a fabricação de outras peças. Por último, as peças são identificadas, embaladas e estocadas. As partes que não podem ser aproveitadas são recicladas, e sua matéria prima, pode ser usada na fabricação de outros produtos. O CESVI BRASIL (Centro de Experimentação e Segurança Viária) tem articulado junto à iniciativa privada a implantação de centros de reciclagem de veículos, sendo que o primeiro do País deverá ser inaugurado no primeiro semestre de 2010.