Uma pesquisa realizada pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) revela que 77,6% das pontes e viadutos de todo o País possuem problemas. Segundo a análise, os mais comuns são trechos sem acostamento ou sem muretas de proteção.
Em Sergipe, a BR- 101 está em obras há dez anos,  dos quatro viadutos previstos, dois ainda não estão prontos. Quatro quilômetros adiante, uma antiga ponte sobre o rio Sergipe recebeu reforço e voltou a funcionar no improviso.
Na BR- 381, principal ligação entre Minas Gerais e o Espírito Santo, uma ponte sobre o rio das Velhas afundou meio metro e teve de ser demolida. O tráfego pesado passa agora em uma estrutura de metal provisória.
Na BR-265, no sul de Minas, esta outra ponte não tem acostamento – um dos problemas mais comuns apontado pela pesquisa e na BR- 356, que leva turistas às famosas cidades históricas de Minas, mais um risco. As muretas são outra preocupação. Em uma ponte, que faz curva, elas deveriam ser mais reforçadas, mais altas para, de fato, protegem, segundo avaliação de especialistas. Em alguns trechos, elas nem existem mais.
“As pontes foram feitas nos anos 50, 40, 60, numa época em que os veículos de carga eram muito mais leves. Hoje temos caminhões de 60, 70 toneladas, bitrens, treminhões que são três reboques articulados. À medida que esse peso integral entra na ponte, as pontes antigas não têm estrutura pra suportar esse peso”, explica o consultor de trânsito, Osias Baptista.

Fonte: Jornal da Globo/G1