Segundo dados do SETCESP (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região), 53% dos roubos de carga do Brasil acontecem no Estado de São Paulo. Só no primeiro trimestre desse ano, o Estado registrou 1.786 ocorrências. Desse total, cerca de 60% aconteceram na capital. No Rio de Janeiro, onde a violência é alvo de muitas críticas, o índice não passa de 21%. No período, o prejuízo das transportadoras e seguradoras já chega a R$ 68,5 milhões. Em 2010, os roubos representaram prejuízos de R$ 280 milhões.
Para o delegado Waldomiro Milanese, coordenador do Procarg (Programa de prevenção de furtos, roubos e desvios de Cargas), os criminosos preferem a proximidade com regiões populosas para facilitar a distribuição da carga. Na cidade de São Paulo, os casos são mais recorrentes nas zonas Sul e Leste. As cargas mais visadas pelos ladrões são de alimentos, eletroeletrônicos e remédios. Eles chegam a se disfarçar de policiais para atacar os carreteiros. As transportadoras calculam que gastam 15% do orçamento em equipamentos de segurança, seguros e escolta.
“Para onde vai parar esses produtos roubados? Só pode ser no comércio formal. Alguém está ganhando com isso. Por isso a defesa da cassação da inscrição estadual, como já acontece com os postos que vendem gasolina batizada. Eles acabam o direito de vender”, diz o diretor executivo do SETCESP, Adauto Bentivegna Filho.

Fonte: Transporta Brasil e G1