Texto Daniela Giopato

Reforma de pneus está entre as atividades mais importantes do País, não apenas pela economia gerada para os transportadores mas também por ser uma ferramenta eficaz quando o assunto é preservação ambiental. Anualmente se reforma no Brasil cerca de 17 milhões de pneus, desse total aproximadamente oito milhões são destinados a veículos de transportes de cargas e de passageiros, setor responsável por pouco mais de 48% do negócio.

A reforma de pneus proporciona economia anual em torno de sete bilhões para o setor de transporte e também reduz o impacto no meio ambiente causado pela postergação da destinação final da carcaça. Além disso, cabe lembrar que a produção de um pneu novo para veículo pesado consome 57 litros de petróleo. Outro ponto importante é a possibilidade de reaproveitamento dos resíduos sólidos do pneu em outros setores.

Setor proporciona economia para o modal de transporte rodoviário e ajuda a reduzir o impacto ambiental provocado pelo descarte indevido de carcaças
Setor proporciona economia para o modal de transporte rodoviário e ajuda a reduzir o impacto ambiental provocado pelo descarte indevido de carcaças

Todo esse cenário positivo somado ao nível técnico de padrão internacional, mais os baixos índices de problemas dos produtos, contribuíram para o setor alcançar a segunda posição no mercado mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. Para Carlos Thomaz, assessor técnico da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), a redução de custo no transporte brasileiro é o principal diferencial da atividade. “Hoje, o pneu situa-se entre a segunda e terceira maior despesa do transportador e um pneu reformado custa em média 30 a 35% a menos de um novo”, explica.

Ricardo Drygalla, gerente de marketing da Bridgestone Bandag, acredita que a grande extensão territorial do País e a predominância do modal rodoviário no transporte de carga e de passageiro – aliados a fatores sócio-econômicos envolvidos nas decisões das empresas de transporte – também contribuíram para posicionar o Brasil como o segundo mercado de reforma. “Atualmente, a reforma brasileira apresenta elevado padrão de qualidade e desempenho, embora existam ainda locais com baixa qualificação técnica. Essa situação se deve aos investimentos realizados pela indústria na capacitação de operadores, desenvolvimento de novos produtos e aprimoramento tecnológico de equipamentos, além do nível de exigência dos consumidores”, destaca.Todo esse cenário positivo somado ao nível técnico de padrão internacional, mais os baixos índices de problemas dos produtos, contribuíram para o setor alcançar a segunda posição no mercado mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. Para Carlos Thomaz, assessor técnico da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), a redução de custo no transporte brasileiro é o principal diferencial da atividade. “Hoje, o pneu situa-se entre a segunda e terceira maior despesa do transportador e um pneu reformado custa em média 30 a 35% a menos de um novo”, explica.setor1

Para Eduardo Sacco, gerente de marketing da Vipal, o Brasil se tornou um importante mercado de reparação pelo fato de ser um País onde mais de 60% de tudo o que é transportado segue por caminhão. “É natural que o transportador busque soluções econômicas e eficazes para melhorar o seu negócio. E o pneu reformado atende a esses requisitos por custar cerca de 40% de um produto novo”, afirma. Outro ponto a favor é o fato de o consumidor enxergar na reforma de pneus um meio seguro de atingir esse objetivo.

A economia que o transportador de carga, de passageiros e autônomos conseguem contabilizar no valor total de operação no transporte é um dos benefícios principais da reforma para o mercado brasileiro, segundo opinião de Carlos César, gerente nacional de vendas da Tipler. “Considerando o cavalo-mecânico mais um conjunto rodotrem, equipado com 34 pneus, temos o custo deste equipamento em torno de R$ 600 mil reais. O equivalente, em pneus novos, a 8% do valor total do conjunto todo, dependendo do tipo de pneu fabricado no Brasil. Substituindo os 32 pneus dos eixos traseiros por pneus recapados, o investimento é em torno de apenas 2% do valor do conjunto todo”, exemplifica. O diretor de marketing para produtos caminhão e agro, da Pirelli na América Latina, Flávio Bettiol Junior, acrescenta que a profissionalização do setor de transporte é um dos fatores que tornam a reforma de pneus um negócio importante no Brasil. “Para atender essa demanda, as fabricantes de pneus desenvolveram processos de reconstrução de qualidade. No caso da Pirelli, a tecnologia Novateck mantém as características do pneu original, além de oferecer garantia de fábrica até a terceira reconstrução”, afirma.

Empresas reformadoras apresentam tecnologias parecidas, porém com certas particularidades, para ter o produto cada vez mais eficiente
Empresas reformadoras apresentam tecnologias parecidas, porém com certas particularidades, para ter o produto cada vez mais eficiente

Por outro lado, a evolução do transporte alavancou também a reforma de pneus no País, a qual se encontra em franco desenvolvimento, com a profissionalização dos recapadores, avalia José Aragão, gerente de marketing produto para pneus de caminhões e ônibus Michelin América do Sul. “Como um marco neste processo, podemos citar a recapagem Refill lançada pela empresa em 2007, a qual permite duas reformas a um pneu Michelin, tornando-o novo de novo e de novo”, completa.

Para Alexsandro da Silva, gerente de serviços da linha pesada da DPaschoal, os benefícios da reforma de pneus vêm de encontro com os interesses dos transportadores brasileiros. Ele cita a vocação rodoviária do Brasil e também a grande necessidade da redução de custos operacionais, através do menor CPK (custo por km). “Existe também a necessidade ambiental de utilizar os pneus de forma racional e sustentável. Quando recapamos um pneu estamos economizando petróleo”, destaca.Por outro lado, a evolução do transporte alavancou também a reforma de pneus no País, a qual se encontra em franco desenvolvimento, com a profissionalização dos recapadores, avalia José Aragão, gerente de marketing produto para pneus de caminhões e ônibus Michelin América do Sul. “Como um marco neste processo, podemos citar a recapagem Refill lançada pela empresa em 2007, a qual permite duas reformas a um pneu Michelin, tornando-o novo de novo e de novo”, completa.

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O mercado de reforma está em evolução e readequação ao cenário econômico do País, conforme cita Saulo Muniz Gonçalves, diretor comercial e marketing da Moreflex. “O setor de transporte é muito competitivo, exigindo uma nova realidade de custo para o segmento e, consequentemente, reforçando a necessidade e a importância da reforma de pneus para o transporte”. A renovação e o crescimento da frota geram demanda e movimentam a atividade, já que todo o segmento utiliza pneus reformados.

B 4419
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A reforma de pneus no Brasil, conforme opina Fabio Garcia, gerente de marketing de pneus comerciais da Goodyear Brasil, está evoluindo junto com a profissionalização do transporte no País. “As empresas buscam a redução de custos e o setor se aprimora na oferta de produtos de qualidade e na oferta de serviços agregados. Tudo isso para garantir aos clientes menor custo por quilômetro rodado”, afirma.

Competitividade do setor de transporte tem contribuído para haver investimentos e a consequente evolução da indústria de reforma de pneus no País
Competitividade do setor de transporte tem contribuído para haver investimentos e a consequente evolução da indústria de reforma de pneus no País

O Brasil já era o segundo mercado do mundo de reforma de pneus de carga e de passageiros, e o fato de ter subido no ranking das economias demonstra o constante crescimento das atividades econômicas realizadas, com efeito imediato no transporte de mercadorias e, consequentemente, na utilização de pneus novos e reformados, opina, Gian Piero Zadra, superintendente da Marangoni América Latina. “Outro ponto positivo é o fato da reforma ter uma importância ambiental inquestionável. Cada pneu reformado economiza, em média, 57 litros de petróleo, um recurso natural caro e não renovável. Além disso, a reforma emprega apenas 25% do material utilizado na produção de um pneu novo, proporcionando a mesma durabilidade original”, lembra Piero Zadra.