Quando as primeiras unidades do Volvo FH importadas da Suécia começaram a rodar nas estradas brasileiras, em 1994, suas características técnicas anunciavam tratar-se de um caminhão com potencial para atrair a atenção e preferência dos transportadores do País. Diferenciais como motor eletrônico, sistema de freio ABS e cabine aerodinâmica com amplo espaço interno, aliados à ergonomia e conforto, entre outros itens atualmente essenciais nos estradeiros pesados, não eram ainda privilégios da grande maioria dos caminhões produzidos no Brasil na época.

Hoje, à vésperas de completar 30 anos de seu desembarque no Porto de Paranaguá/PR, e cerca de 120 mil unidades licenciadas no País, o FH entra em 2021 mais uma vez com o rótulo de caminhão pesado mais vendido no mercado brasileiro. Em 2020 foram emplacadas 9.806 unidades, sendo 5.870 do FH 540 (campeão de vendas entre todas as categorias) e 3.936 da versão com motor de 460cv, sendo este o vice-líder do segmento. Entre o início de 2012 até o final de 2020, o FH colecionou oito títulos de caminhão pesado mais emplacado no País.

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O diretor executivo de caminhões da Volvo do Brasil, Alcides Cavalcanti, aponta vários atributos no produto para justificar a preferência dos transportadores pelo FH. Tecnologia de ponta, segurança, conectividade, baixo custo operacional, disponibilidade e o reduzido consumo de combustível são alguns deles. “Desde que

“Desde que foi lançado, o FH tem trazido inovações tecnológicas que proporcionam inúmeros benefícios aos nossos clientes ao mercado brasileiro”, acrescenta.  Cavalcanti afirma ainda que o modelo trouxe o conceito da conectividade ao mercado brasileiro e que hoje é um dos itens mais utilizados pelos frotistas Volvo. “O FH trouxe também os equipamentos de segurança ativa e passiva, cada vez mais demandados pelos transportadores e embarcadores, pois conseguem reduzir de fato os índices de acidentes”, reforçou.

Cavalcanti cita ainda a caixa de câmbio eletrônica I-Shift como importante componente para redução de consumo de diesel e dos custos de manutenção devido às trocas de marchas no momento mais adequado.  “Desde que foi lançado, o FH tem trazido inovações tecnológicas que proporcionam inúmeros benefícios aos nossos clientes”, acrescentou. Cavalcanti destacou ainda que o modelo trouxe ao mercado brasileiro o conceito da conectividade, um dos itens mais utilizados pelos frotistas Volvo. “O FH trouxe também os equipamentos de segurança ativa e passiva, cada vez mais demandados pelos transportadores e embarcadores, pois conseguem reduzir de fato os índices de acidentes”, reforçou.

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www.alissondemetrio.com

Cavalcanti cita também a transmissão I-Shift como item importante para redução de consumo de combustível, porque as trocas de marchas acontecem no momento mais adequado. Acrescenta ainda o Acelerador Inteligente, item presente nos modelos FH, FM e FMX desde o primeiro semestre de 2019 e com capacidade para reduzir o consumo.

Trata-se de uma tecnologia com software para controlar e dosar a intensidade da aceleração do caminhão de acordo com a topografia da rodovia, velocidade e carga transportada. Todo o processo acontece independente da ação do motorista. Sua aplicação exigiu mudanças técnicas na transmissão I-Shift e motor.    No lançamento, os técnicos da Volvo falavam em redução de 10% no consumo, economia comprovada por transportadores durante testes antes da tecnologia ser disponibilizada ao mercado.

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“O FH possui vários diferenciais, mas podemos destacar o que seja talvez o item mais importante: a confiança que o FH e a marca Volvo transmitem aos nossos clientes”, adicionou. O executivo cita outros pontos a serem considerados, como a rede autorizada (100 concessionárias) e sua distribuição pelo País, preparo dos profissionais e disponibilidade de peças, assim como o atendimento emergencial VOAR, planos de manutenção Volvo e a alta conectividade dos caminhões que permite agendamento ativo de manutenções.

Pelos números da montadora, 80% de todos os veículos marca vendidos em 2020 saíram com plano de manutenção. Atualmente, 27 mil caminhões são cobertos por planos e 80 mil conectados. Cavalcanti acrescenta que a conectividade permite avanços na Manutenção Inteligente Volvo, serviço que usa dados de telemática para programar serviços na rede Volvo de forma totalmente individualizada, de acordo com a operação de cada veículo. “Tudo isso dá confiança ao transportador. Ele sabe que pode contar tanto com o caminhão quando com o suporte da marca”. Ainda de acordo com o executivo, o FH oferece tudo que os clientes da marca precisam para as mais exigentes operações.

A Volvo encerrou 2020 com emplacamento de 14.976 caminhões acima de 16 toneladas de PBT. Este total garantiu à montadora a terceira posição em volume de licenciamento. Em primeiro ficou a Mercedes, com 26.758 e a Volkswagen/MAN em segundo com 25.586, ambas com modelos abaixo de 16 toneladas.

Além da linha F, Cavalcanti destaca o emplacamento de 3.530 caminhões VM, total 24% acima do resultado de 2019. O executivo lembra que esta linha que atende aos segmentos de semipesados e pesados ganhou duas novas opções em 2020: o VM City, para distribuição regional, e o VM Light Mixer, exclusivo para betoneiras e com capacidade para o transporte de até 1m3 a mais de concreto. Acrescentou que a linha VM está crescendo em segmentos com alta demanda de pesados 6×4, 8×2 e 8×4. Outro ponto destacado é o crescimento das vendas da marca para os principais segmentos fora de estrada (mineração, construção e cana de açúcar). De acordo com o Cavalcanti, as 1.530 unidades vendidas em 2020 representaram 12% de todas as entregas da montadora no ano passado.

O presidente do Grupo Volvo na América Latina, Wilson Lirmann, disse que há otimismo em relação ao mercado brasileiro de caminhões para 2021 e projeta crescimento de emplacamentos de modelos semipesados e pesados. Lirmann disse ainda que a expectativa se deve a pontos positivos como a safra de grãos, cana de açúcar, construção civil, obras de infraestrutura e taxa de juros baixa.

Porém, o dirigente da Volvo na América Latina cita também incertezas que dependem do avanço da vacinação contra a covid-19, aumento de valor de insumos e das possíveis dificuldades da cadeia de suprimentos (transporte de produtos, fornecedores, serviços etc). “Mas estamos otimistas. Os clientes estão renovando as frotas e a Volvo tem negócios em andamento. Vemos possibilidades de crescimento de até 40% do mercado de caminhões acima de 16 toneladas em 2021”, concluiu, acentuando que o Brasil é o segundo mercado mundial da Volvo.

 

CONSUMO- A economia de combustível é um item com forte poder de atrair transportadores para a marca, por isso é ponto bastante explorado por todos os fabricantes de caminhão pesado.  No segundo semestre de 2019, a  também sueca Scania apresentou a nova geração com a proposta de redução de 12% no consumo de combustível em relação à geração anterior. A promessa tem sido cumprida, inclusive além do prometido, com clientes conseguindo redução de 15%. Agora, no início de 2021, a montadora anunciou a introdução do Acelerador Inteligente, recurso que garantirá mais 5% de economia de combustível.

Coisa de gente grande, a competição no segmento de veículos pesados tem mostrado que é impossível ser competitivo sem disponibilizar produtos com tecnologias de ponta. Nesse quesito, a Volvo tem como característica não demorar muito para trazer ao Brasil avanços já introduzidas em seus caminhões em mercados mais evoluídos, como se conservasse uma tendência iniciada 28 anos atrás com os primeiros FH 380 importados.

Além de fortalecer a marca, avanços tecnológicos têm demonstrado eficiência. Um exemplo recente vem do novo Mercedes-Benz Actros, cujas entregas começaram ano passado. Diferenciais como câmeras no lugar dos espelhos retrovisores e um pacote de inovações de segurança e condução que levaram a fabricante a tratá-lo como caminhão pesado mais avançado do mercado brasileiro.

A fabricante vem obtendo resultados positivos junto aos clientes com seu caminhão avançado. De acordo com informações obtidas junto à fábrica, os clientes estão impressionados com as tecnologias do veículo, que testaram o MirrorCam ficaram muito satisfeitos com os benefícios em termos de segurança e redução do consumo de combustível. Ainda de acordo com informação da fábrica, mais de 10% dos Novos Actros estão equipados com câmera no lugar de espelhos retrovisores. Esse número era esperado para ser atingido em 2 ou 3 anos.

Quanto à Volvo, o que se pode esperar para breve são inovações já presentes n a nova geração FH que roda na Europa, como painel com mais telas e instrumentos digitais, sistema que reconhece placas de sinalização de rodovias e sistema que baixa automaticamente os faróis altos conforme o fluxo do tráfego no sentido oposto, entre outras tecnologias.