Por João Geraldo
O Atego 1418 faz parte da nova geração de caminhões médios que chegou com o compromisso de oferecer maior rentabilidade para o transportador e mais conforto para o motorista, já que concorre em um segmento bastante disputado, no qual todas as grandes marcas têm produtos competitivos. E dentro desta proposta, dois itens merecem destaque no modelo produzido pela Mercedes-Benz: o trem de força e o conforto proporcionado aos ocupantes, com o veículo em operação em centros urbanos ou nas rodovias. A constatação é da equipe da Revista O Carreteiro após rodar com uma unidade de cabine estendida cedida pela fábrica.
O modelo é disponível com versões de cabines standard, leito e estendida, opção com adicional de 180 milímetros de profundidade na parte traseira. Desenvolvida para ocupar uma cama, opcionalmente, embora não disponha do mesmo espaço e comodidade da versão leito, trata-se de uma solução para ampliar a área dos ocupantes. Aliás, havia anos que a falta de espaço interno na cabine dos caminhões médios era objeto de reclamação dos motoristas, seja no trabalho de coletas e entregas ou em trechos de rodovias de curtas e médias distâncias.
Sem a cama, o espaço adicional dos 180 milímetros pode ser utilizado para o motorista acomodar objetos, bolsa, etc. Além disso, com esta opção a cabine passa a ser equipada com três bancos (todos com cintos de segurança de três pontos), sendo que o do meio pode ser escamoteado para se transformar em uma mesinha. Além disso, a parte traseira – fechada e com cortina – ganha um vidro. Compartimentos para guardar documentos e objetos são disponíveis na parte superior frontal da cabine e no painel e portas. Outro ponto positivo do veículo equipado com a cabine estendida é não haver perda no tamanho da plataforma de carga.
O trem de força do Atego 1418 mostra sua efi ciência e arranca elogios logo nos primeiros quilômetros rodados. Impulsionado pelo motor OM 904 LA, de 177cv de potência, combinado com uma caixa de seis velocidades com engates leves e suaves, o veículo é ágil no tráfego urbano e apresenta desempenho que não chega a atrapalhar o fl uxo dos automóveis de passeio. Na estrada, passa a impressão de sobrar motor e permite que se viaje a uma boa velocidade de cruzeiro, mesmo carregado no peso máximo permitido pela lei da balança para o modelo.
Aliás, o motor de quatro cilindros, eletrônico, conta com sistema de diagnose capacitado para indicar até 600 itens de possíveis irregularidades do veículo, informadas através de um display digital posicionado no painel de instrumentos. E como outros modelos da marca, todas as vezes que o motor vai entrar em funcionamento é realizado automaticamente um check up das funções do caminhão.
Uma série de outros detalhes também contribuem para facilitar a condução do veículo. O banco do motorista, por exemplo, com amortecimento pneumático opcional, tem o assento e encosto dimensionados com vários ajustes conforme o porte e gosto do motorista. Já o volante de direção oferece regulagem tanto de ângulo quanto de altura. Tais recursos somados à boa visibilidade – característica comum que mantêm o motorista descansado mesmo após longos períodos de trabalho, fazem parte do pacote de itens que tornam o veículo, lançado em setembro de 2004, um dos mais vendidos do mercado em sua categoria.
Até o início de julho a Mercedes-Benz comercializou mais de 2.100 unidades. Trata-se do modelo líder de vendas da linha Atego. O preço público sugerido do Atego 1418, com entreeixo 48, cabina estendida, igual à versão cedida à Revista é de R$ 140.264,43.
A equipe da Revista O Carreteiro não utiliza nenhum tipo de equipamento de medição para fazer avaliação de caminhões. O trabalho consiste em rodar com o veículo lastreado no peso de balança e em condições normais de trabalho.
Motor Eletrônico | |
Marca / Model | MB OM-904 LA |
Tipo | 04 cilindros em linha |
Potência | 177cv a 2.200 rpm (130kW) |
Torque máximo | 675Nm (69mkgf) de 1200 a 1600 rpm |
Transmissão | |
Caixa | Mercedes-Benz |
Modelo | MB G 60-6/9,201 |
Marchas | 06 (tomada de força opcional) |
Embreagem | 362 mm; monodisco, seco |
Eixo traseiro | MB HL4/62 D-10 |
Opcional | MB HL5/61 DZ-11 |
Redução | 4,100 (41:10) |
Opcional | 4,875/6,844 (39:8) |
Eixo dianteiro | MB VL3/37 D-6,5 |
Rodas e pneus | |
Aros | 7.50 x 22,5 (opcional 7.50 x 20) |
Pneus | 275/80 R 22,5 (opcional 10.00 R 20 PR 16) |
Pesos e capacidade | |
Pesos admissíveis tec. Eixo dianteiro |
4.700 kg. |
Eixo traseiro | 9.600 kg. |
PBT total | 13.990 kg. |
Freios | |
De serviço | Ar comprimido de dois circuitos com tambor nos dois eixos |
Automático | ALB em função da carga |
De estacionamento | Câmara de mola acumuladora, acionada pneumaticamente com atuação nas rodas traseiras |
Freio adicional | |
Tipo | Freio motor Top Brake |
Acionamento | Eletropneumático, pode atuar em conjunto com o freio de serviço |