Ensaios realizados recentemente pelo Instituto Nacional de Metodologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) em amostras de Arla 32, de diferentes fornecedores de todo o País, apontaram inconformidades nas marcas Catálise, Extron e Air Clean, disponíveis no mercado em embalagens de 20 litros.

Segundo o Instituto, as devidas licenças dos fabricantes foram suspensas cautelarmente em razão do alto grau de risco ao meio ambiente. O órgão determinou também a suspensão imediata do uso desses produtos e que as empresas acionadas os retirassem dos pontos de vendas no mercado nacional (atacado e varejo). Outra ação do INMETRO foi a abertura de um processo administrativo contra as três empresas.

Para o diretor adjunto da Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissões Veiculares da América do Sul (AFEEVAS), Elcio Farah, o trabalho realizado em conjunto pelo INMETRO, a Polícia Rodoviária Federal e o Ibama – que tem como objetivo conscientizar e se necessário punir motoristas e empresas que infringem a lei em relação à correta produção e uso do Arla 32 – tem sido muito importante.

Farah destacou ainda que a Associação tem feito alertas a motoristas e transportadoras para que verifiquem a procedência do produto utilizado para evitar que o Arla 32 adulterado possa prejudicar tanto os veículos quanto os transportadores.

O Arla 32 é um reagente químico à base de ureia, utilizado em veículos pesados cujos motores operam com o sistema SCR (Catalisadores de Redução Seletiva) para atender a fase 7 do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, o PROCONVE em vigor desde janeiro de 2012. O uso do produto fora das especificações pode danificar o catalisador, cujo custo para ser substituido por outro novo gira em torno de 20 mil reais.