Os primeiros cinco meses de 2009 foram marcados por uma série de feriados prolongados, porém, o trabalho de fiscalização e conscientização realizado pela Polícia Rodoviária Federal para tentar reduzir, principalmente, o número de mortos nas rodovias federais do Brasil e a Lei Seca foram refletidos de maneira positiva nos números divulgados referentes às operações especiais.

O diretor geral da PRF, inspetor Hélio Derene, cita como exemplo os resultados satisfatórios obtidos durante o primeiro Carnaval sob influência da Lei Seca e explica que as estatísticas de trânsito não devem ser analisadas de maneira isolada ou simplista. “Se a frota em circulação nas rodovias foi recorde, seria natural imaginar o crescimento das ocorrências de trânsito. Porém, conseguimos reduzir em 20% a fatalidade dos desastres”, comemora.

Durante os seis dias de operação foram registradas 127 mortes, contra 128 no ano passado. Em 2008 morreu uma pessoa a cada 18,7 desastres, já este ano foram necessários 22,5 acidentes para produzir uma vítima fatal. Além disso, a frota veicular aumentou neste período, afinal, em 2008 foram 49.644.025 veículos contra 54.506.661 este ano, um aumento de 9,8%. Os números também indicaram que a sociedade começou a responder positivamente à fiscalização da Lei Seca. No início, a PRF flagrava um motorista alcoolizado a cada 10 testes realizados e a média subiu para uma autuação a cada 16 abordagens, em fevereiro, quando completou oito meses.

A violência nas estradas federais também caiu durante o feriado do Dia do Trabalho quando comparado com a Semana Santa. Em relação ao número de acidentes houve uma redução de 5,34% , com 1.773 ocorrências entre os dias 30 de abril e 03 de maio, contra 1.873 entre os dias 09 de abril e 12 de abril. A mesma relação ocorreu com os números de mortos e feridos, que reduziu em 5,88% e 4,28%, respectivamente (DG).