Levantamento realizado pela Fundación Mapfre, com base em estatísticas de órgãos como o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Ministério da Saúde e Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), revela que os veículos de carga estão envolvidos em mais de 12% das mortes por acidentes no trânsito no País. De acordo com análise realizada, do total de acidentes ocorridos, 1.058 ocupantes destes veículos morreram. Além disso, outras 3.477 pessoas “não ocupantes” morreram em decorrência destes acidentes.

Para se ter ideia, somente em rodovias federais, os veículos de carga estão presentes em cerca de 35% das ocorrências, gerando um rombo de aproximadamente R$ 10 milhões aos cofres públicos, apenas este ano. Este valor é destinado aos custos de resgate, tratamento, danos materiais, perda de produção e etc. Considerando todas as ocorrências, o impacto para acidentes em rodovias foi estimado em R$ 36,84 bilhões.
Segundo números divulgados recentemente pelo SIM (Sistema de Informações de Mortalidade), do Ministério da Saúde, entre 2002 e 2010 o número total de óbitos por acidentes com transporte terrestre cresceu 24%: passando de 32.753 para 40.610 mortes. “Os números revelam que o País vive uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito”, alerta o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que observa ainda que a OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que o Brasil ocupa o quinto lugar em ocorrências como essas. “Estamos atrás apenas da Índia, China, EUA e Rússia”, completa o ministro. (EV).