Por Daniela Giopato

Criada para substituir a antiga Rio-São Paulo, a rodovia Presidente Via Dutra, comemora, em 2006, 55 anos de existência. Inaugurada no dia 19 de janeiro de 1951 – pelo então presidente da república, o general Eurico Gaspar Dutra – recebeu a sigla BR-02, que na época contava com pista simples e operava em mão – dupla. A antiga estrada Rio-São Paulo, inaugurada em 1928, era 111 quilômetros mais longa e com 12 horas de tempo de viagem.

Com a inauguração da Dutra houve redução de seis horas no tempo de viagem e foram reaproveitados apenas oito quilômetros do traçado anterior, o segmento encravado na Serra das Araras, depois de alargamentos e correções de pista.

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Porém, entre 1951 e 1958, o fluxo de veículos na rodovia saltou de 1. 000 para 6.000 veículos por dia, e o governo federal foi obrigado a tomar algumas providências, entre elas a construção de uma nova pista para subida no trecho da Serra das Araras e mais 42 km entre Guarulhos e Jacareí. Com o aumento da frota e do volume de transporte de cargas, a rodovia ficou saturada em menos de 15 anos de uso e teve de ser duplicada de ponta a ponta – obra finalizada em 1968.

A partir dos anos 90, a falta de recursos para investimentos em manutenção causou a deterioração da estrada e de muitas outras vias brasileiras. Para minimizar o problema, o governo criou o Programa de Concessões de Rodovias Federais. E foi nesta época, precisamente no ano de 1996, que a Via Dutra passou a ser administrada pela concessionária NovaDutra, que tratou de colocar em prática um programa de reforma e modernização da estrada. Em 10 anos de atuação foram disponibilizados mais de R$ 4 bilhões em obras e serviços, para atender os usuários, que hoje, segundo a concessionária, chega a 792.790 viagens/dia e desse total apenas 74.243 passam pela cancela de pedágio.

Além de investir em obras, a NovaDutra desenvolveu uma série de serviços para atender às necessidades de seus usuários. Entre eles estão o SOS Usuário – que abrange socorro médico e resgate de vítimas de acidentes até o hospital adequado mais próximo, e reboque de veículos com problemas mecânicos e elétricos, que são retirados da rodovia e levados a locais seguros- e o Disque NovaDutra.

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Para os carreteiros, um dos principais frequentadores da rodovia – por dia, conforme dados da concessionária circulam 33.409 caminhões, 45% do total de veículos que pagam pedágio – , a empresa criou programas de estradas, que permitiu aos motoristas realizar, gratuitamente, exames de pressão arterial e massa corporal, testes de diabetes, colesterol, acuidade visual, informações sobre AIDS e DST´s (Doenças Sexualmente Transmissíveis), barbearia e serviços de checagem geral do veículo, entre outros.

A expectativa da NovaDutra para os próximos anos se baseia na construção de novas pistas marginais na rodovia – já iniciadas na baixada fluminense no Rio de Janeiro em direção a São Paulo. A empresa explica que no contrato há previsão, até 2010, de fazer mais uma pista na Serra das Araras, no Rio de Janeiro, um dos locais que ainda possui o traçado de quase 80 anos atrás. Além disso, nova frota de veículos já está em operação com guinchos leves e pesados.