Revista O Carreteiro – Neste mês de setembro, os caminhões da série A7 começam a ser disponibilizados para os transportadores brasileiros, ação que representa um novo passo na estratégia da Sinotruk para o mercado sul-americano. Que balanço que você faz dos resultados obtidos desde o início das operações no Brasil?
Joel Anderson – A família A7 chega para consolidar a marca de caminhões Sinotruk no mercado sul-americano. Essa é a segunda linha de caminhões Sinotruk a ser comercializada graças ao sucesso da linha de caminhões Howo com 1.500 unidades em circulação no Brasil. A busca pela consolidação da marca Sinotruk no Brasil tem tido resultados bastante favoráveis e acima das expectativas. Além disso, já temos uma rede que abrange mais de 80% do território nacional. Com a segunda linha de caminhões Premium, teremos a chance de mostrar ainda mais a qualidade da marca Sinotruk.

Revista O Carreteiro – A estratégia planejada para a consolidação da marca tem sido seguida à risca ou fatos como aquecimento do mercado de caminhões em 2011 e a queda em 2012 provocaram alguma mudança para ajuste de rota? Caso afirmativo você pode citar um exemplo?
Joel Anderson – Apesar de algumas dificuldades enfrentadas como o aumento do IPI para veículos importados e a queda em vendas no mercado de caminhões, os planos da Sinotruk para construir uma fábrica no Brasil continuam. A fábrica, que iniciará suas atividades com montagem em CKD (Knock Down), será instalada em uma área de 1 milhão de metros quadrados e ainda outra área de 1,2 milhões de metros quadrados dentro do complexo industrial destinado aos fornecedores da Sinotruk. O cronograma prevê o período de julho a dezembro de 2012 para aprovações do projeto junto aos órgãos competentes, terraplanagem e outros. De janeiro de 2013 a junho de 2014 estão previstas obras de construção civil, compra e instalação de maquinários para atender a primeira fase do projeto, que posteriormente irá receber investimentos visando atender os índices de nacionalização do novo regime automotivo.

Revista O Carreteiro – Você acredita que o cronograma para entrar em funcionamento em junho de 2014 será cumprido?
Joel Anderson – Sim, acredito. Já anunciamos detalhes do projeto em julho e tudo está caminhando para cumprir o cronograma. As ações estão bastante avançadas.

Revista O Carreteiro – A rede Sinotruk, hoje com 35 casas, iniciou em março deste ano um processo de certificação da rede de distribuidores para garantir excelência no atendimento pós-vendas. Como está sendo desenvolvido este trabalho e qual mudança você acredita será sentida imediatamente pelo mercado?
Joel Anderson – Os trabalhos para a certificação da rede foram montados em três fases. A primeira consiste em realizar um levantamento da estrutura existente das concessionárias por meio de visitas e registro das situações encontradas em cada instalação. A primeira fase foi concluída em agosto. Até o fim deste ano haverá a definição de pré-requisitos básicos de operação com o estabelecimento de prazos para a implementação de ajustes e melhorias. A etapa final, que será a certificação da rede, inicia-se logo após esse processo. Nesse estágio haverá ajustes em distribuidores que necessitam de melhorias para obter a certificação. De acordo com João Silvano Pacheco, gerente de DRD (Desenvolvimento de Rede de Distribuidores), a previsão é obter 50% da rede em estágio avançado para a certificação em 2013.

Com a certificação, a rede ficará ainda mais preparada para atender às exigências cada vez maiores por um pós-venda eficiente e isso será notado de forma rápida pelo mercado, já que o pós-venda é a área mais observada na hora de renovar a frota e é fator-chave quando o assunto é a fidelização do cliente.

Revista O Carreteiro – As futuras concessionárias da rede a serem abertas terão de começar a operar dentro do padrão exigido pela certificação ou trata-se de uma opção que depende de itens como a região onde serão instaladas, movimento e volume de vendas, entre outros detalhes?
Joel Anderson – As novas casas a serem abertas deverão se enquadrar em padrões básicos de operação (mínimo de 4 boxes, estoque de peças compatível, ferramental, equipes treinadas, etc.), sem no entanto a exigência de padrões de certificação, que estão ainda em desenvolvimento. Os padrões básicos levam em conta a região e o mercado regional a ser atendido.

Revista O Carreteiro – Que região (ou regiões) que já deveria ter uma concessionária e ainda não tem?
Joel Anderson – Os locais onde ainda não temos concessionária Sinotruk e com previsão de serem atendidas até o final deste ano são Uberlândia/MG, Teresina/PI, Passo Fundo/RS e Guarulhos/SP. Para outras cidades como Belém/PA, Imperatriz/MA, Manaus /AM, Sinop/MT e São José do Rio Preto/SP a meta é abrirmos as casas no primeiro semestre de 2013.

Revista O Carreteiro – E quais são as perspectivas de mercado da Sinotruk para o Brasil?
Joel Anderson – A Sinotruk está se consolidando no mercado como uma excelente opção custo/benefício para o transportador. Nosso objetivo é consolidar ainda mais essa imagem da marca no País. Mais do que conquistar um espaço significativo no ranking de vendas, nosso objetivo é oferecer produtos e serviços que agreguem valor à operação de transporte de nossos clientes. Os números são apenas consequência de um trabalho bem feito.