Durante o ano de 2009 foram registradas no Brasil 13.500 ocorrências que geraram um prejuízo de R$ 900 milhões. Somente no Sudeste, região com maior crescimento, foram 10.987, (81,38% do total do País), e desse total o Estado de São Paulo foi responsável por 7.776 registros. Os produtos mais visados pelos infratores foram alimentícios, eletroeletrônicos, farmacêuticos, cigarros, metalúrgicos, químicos, têxteis e confecções, autopeças e combustíveis.
A boa notícia é que nos três primeiros meses deste ano houve pequena redução de ocorrências no Estado de São Paulo. Em 2009 foram 1.849 ocorrências contra 1.719 no mesmo período de 2010. Para o presidente em exercício do Setcesp, Manoel Sousa Lima Jr., algumas ações como a reativação do Procarga, por iniciativa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, têm provocado efeito positivo. “A integração entre as polícias Civil, Militar, Federal e Federal Rodoviária é fundamental e tem apresentado resultados concretos”, destaca.
Em relação ao País, Manoel Sousa cita a Lei Negromonte, que cria o Sistema Nacional de Repressão e Combate ao Roubo de Cargas no Brasil e que tem como principal foco criar penas severas e modos de punição para os receptadores das cargas.
No dia a dia, os motoristas de caminhão devem se manter atentos para não fazer parte desta estatística. Existem empresas que realizam treinamento específico sobre como agir no momento da abordagem, acionar o botão de pânico do caminhão, no caso de oportunidade. Uma dica para o motorista é não acreditar em quem sinaliza que a carga está caindo ou solta. “Este é um modo de abordagem comum dos ladrões, se isso acontecer é necessário parar em local seguro para checar a carga”, explica Manoel Sousa. É importante também ter rastreadores e manter o caminhão sempre com a manutenção em dia. (DG)