Os transportadores que circularem na cidade São Paulo com cargas cujo destino ou origem não sejam a capital paulistana poderão pagar uma espécie de “pedágio urbano” pelo uso da infraestrutura viária. A proposta é da gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) e o objetivo e reduzir o tráfego de caminhões com carga de passagem na cidade.
Para o início da cobrança da taxa, a Prefeitura vai esperar a conclusão do Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas (prevista para o final de 2019) para que os caminhões tenham alternativas. Outra opção é a Rodovia Dom Pedro I. Em ambas alternativas há cobrança de pedágio e alto risco de assalto, assim como na capital também.
COBRANÇA SERÁ AUTOMÁTICA
A Prefeitura fará cruzamento de dados entre a placa do caminhão (capturada pelo radar) e o Manifesto de Carga Eletrônico, no qual há informações sobre origem e destino da carga. Ainda não foi informado o valor da taxa. Parte das informações foram divulgadas hoje (19/12) pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
ÁREA DE DESCANSO, OUTRO PROBLEMA
Os motoristas reivindicam postos de abastecimentos e áreas de descanso no Rodoanel Mário Covas há muito tempo. Somente agora que a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) iniciou consulta pública para concessão de áreas para essas finalidades. A proposta prevê quatro postos, um em cada trecho.
Quem vencer a concorrência pública poderá explicar a área por 30 anos. São diversas exigências que farão o investimento ser muito alto. Ainda não há prazo e nem foi apresentado estudos de viabilidade econômica:
Investimentos obrigatórios
Os investimentos mínimos deverão ser realizados, obrigatoriamente, em áreas de ao menos 30 mil m² e devem atender a requisitos mínimos como:
Área de descanso para caminhoneiros
– Estacionamento com no mínimo 30 vagas para caminhões
– Pátio iluminado, segregado, pavimentado e demarcado com faixas de circulação e estacionamento;
– Portaria para controle de acesso de entrada e saída;
– Pontos de energia elétrica para cargas refrigeradas;
– Segurança patrimonial com CFTV 24X7;
– Telefone público;
– Serviço de internet gratuito (Wi-Fi);
Além disso, o concessionário deverá disponibilizar gratuitamente, no mínimo as duas primeiras horas de estacionamento para os caminhões.
Áreas de conforto para caminhoneiros
Com dimensão mínima de mil m² de construção, deverão contar com a seguinte estrutura:
– Banheiros masculino e feminino e para pessoas com mobilidade reduzida;
– Chuveiros com água quente;
– Fraldário;
– Tanque para lavagem de roupas;
– Sala de descanso com TV;
– Refeitório com equipamentos (fogão, micro-ondas e refrigeradores);
– Pontos gratuitos para Recarga de Celular;
– Sala multiuso para leitura, jogos e palestras/campanhas eventuais.
Posto de abastecimento de combustíveis
– Atendimento a todos os tipos de usuários das rodovias;
– Abastecimento com diversos tipos de combustíveis (Etanol, Diesel e Gasolina);
– Prever local de recarga para veículo elétrico;
– Área de instalações mínima de mil m²;
– Serviços emergenciais de reparos mecânicos, borracharia, troca de óleo;
– Serviço de internet gratuito – rede Wi-Fi;
– Áreas de estacionamento e circulação internas pavimentadas.
Restaurante
– Atendimento a todos os tipos de usuários das rodovias;
– Área mínima de dois mil m² de construções / instalações;
– Banheiros masculino e feminino e para pessoas com mobilidade reduzida e Fraldário;
– Serviço de internet gratuito – rede Wi-Fi;
– Áreas de estacionamento e circulação internas pavimentadas;
– Ao menos 70 vagas de estacionamento para veículos de passeio;
– Ao menos 6 vagas para ônibus regulares e/ou fretados;
– Telefone Público.