As entidades representativas do transporte de cargas que tiveram audiência ontem (27/01) com o ministro da Fazenda Antonio Palocci e com o secretário da Receita Federal, Jorge Antonio Deher Rachid, para fazerem a revisão da Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), não conseguiram alterar o percentual desse imposto. O presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), Geraldo Vianna, alertou na reunião que a cadeia de transportes é muito curta, por isso não há como receber o crédito da Receita Federal, que será gerado a partir do aumento da alíquota de 3% e com a aprovação da Lei 10.833, de dezembro de 2003. A partir de 1º de fevereiro, a nova alíquota passará para 7,6%, porém com efeito não-cumulativo. Segundo Vianna, o novo índice deverá influenciar o preço dos alimentos, pois há produtos com baixo valor agregado em que o custo do frete pesa mais no preço final. “Vemos que pode haver um aumento de preços entre 2% e 3%”. O novo percentual da Cofins deverá gerar um aumento médio no custo do frete em torno de 9,23%. Com isso, as autoridades participantes do encontro, como Flávio Benatti (CNT), Geraldo Vianna (NTC), Newton Gibson (ABTC) e Urubatan Helou (SETCESP), acreditam que o aumento da Cofins coloca em risco o crescimento econômico do País.