O presidente do Setcesp (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região), Urubatan Helou, afirmou que é necessário ampliar o Modercarga – programa para renovação da frota nacional de caminhões – pois caso contrário poderá haver um aumento das disparidades do setor. O Modercarga receberá financiamento de recursos federais da ordem de 2,5 bilhões, voltados para carreteiros e pequenos frotistas. “Se a idade média da frota é de 18 anos, imagine quantos anos têm os caminhões mais antigos do Brasil, que são verdadeiras bombas ambulantes rodando por aí”, afirma Helou. O presidente do Setcesp defende um programa de renovação de frota que inclua financiamentos com taxas de juros mais “inibidas” para atender o orçamento dos motoristas de caminhão. “As transportadoras organizadas também estão passando por um período difícil, com pouca demanda e lucratividade baixa, o que diminuí a capacidade de investimentos”, conclui Helou, que acredita que o Modercarga não irá sair do papel este ano. O programa para a compra de um caminhão receberá recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico) e do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Segundo Ricardo Carvalho, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), está em discussão a ampliação do Modercarga para dois caminhões, mas ele seria voltado para os carreteiros com frota mínima.