Enquanto investidores tentavam se livrar dos títulos do Brasil na época das eleições presidenciais, o americano Mohamed El-Erian, que trabalha na Pimco (Pacific Investment Management Company), maior gerenciadora de investimentos em títulos do mundo nos mercados emergentes, segurou seus papéis brasileiros e aproveitou para comprar ainda mais. O investimento resultou em bons negócios da ordem de 20,1% de rentabilidade. O Brasil é o destino mais comum para suas aplicações, sendo 26% utilizadas para comprar dívida do País. México, com 19% e Rússia vem em seguida, com 18%. Quando o FMI (Fundo Monetário Internacional) preparava no ano passado U$ 30 bilhões para entregar ao Brasil, El-Erian estava com sua esposa de férias no Alaska. Lá escreveu um artigo para clientes da Pimco, aprendeu com os guardas florestais que intervenções no curso natural da história, embora devam ser mínimas, são necessárias. Enquanto gente de peso como o presidente do Citigroup, Willian Rhodes, diz que o otimismo pode estar passando do ponto, El-Erian indica que tal conclusão vale apenas em parte e diz que esse é o momento de os investidores separarem os países de acordo com seus méritos. “Pense numa maré subindo e com o tempo os botes com buracos param de subir. Os sólidos continuam subindo, como é o caso do Brasil”, afirma o investidor.